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O distrito de Viseu já ardeu mais nos primeiros sete meses deste ano do que no mesmo período do ano passado. Segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), a região foi palco de 503 incêndios que resultaram numa área ardida de 1.382 hectares.
De 1 de janeiro até 31 de julho, arderam 259 hectares em povoamentos, 1.074 em mato e 49 em terrenos agrícolas no distrito. Entre os vinte maiores incêndios rurais registados no país, está o fogo que deflagrou a 13 de julho em Abrunhosa-a-Velha, no concelho de Mangualde, que mobilizou vários bombeiros e consumiu 459 hectares de área ardida.
Também segundo o ICNF, entre os 20 concelhos com maior número de incêndios rurais, aparece Cinfães, que registou 93 incêndios. Nesses fogos, arderam um total de 362 hectares, dos quais 54 de povoamentos, 306 de mato e dois de terrenos agrícolas.
Há um ano, a região de Viseu tinha tido 331 incêndios e 1.215 hectares de área ardida no mesmo período homólogo.
Em todo o país, houve um total de 7.517 incêndios rurais foram registados nos primeiros sete meses deste ano em Portugal continental, tendo provocado 58.354 hectares de área ardida. Comparando os valores de 2022 com o histórico dos 10 anos anteriores, o ICNF assinala que se registaram menos seis por cento de incêndios rurais, mas mais 59% de área ardida, relativamente à média anual.
O ano de 2022 apresenta o quinto valor mais elevado em número de incêndios e o terceiro valor mais elevado de área ardida, desde 2012. O mês de julho é este ano o que apresenta maior número de incêndios rurais, representando 40% do total e também o mês de mais área ardida com 46.996 hectares, o que representa 81% de toda a área ardida registada este ano.
Os números indicam também que este ano os incêndios com área ardida inferior a um hectare são os mais frequentes (82% do total). Quanto a grandes incêndios, o ICNF dá conta de, até final de julho, 12 incêndios com uma área ardida superior ou igual a 1.000 hectares. Com uma área ardida igual a superior a 100 hectares, já considerado um grande incêndio, registaram-se 57 casos, que foram responsáveis por 81% do total de área ardida.
As queimas e queimadas representam a principal origem dos incêndios rurais investigados, 54% do total. Os reacendimentos representam 5% do total de causas apuradas e o incendiarismo, atribuído a imputáveis, significa 18%.
Numa análise por distritos, o Porto, seguido de Braga e Vila Real, são os que têm maior número de incêndios, mas o ICNF salienta que nos três os incêndios foram de reduzida dimensão (menos de um hectare). A área ardida dos 20 concelhos mais afetados representa 72% da área total que ardeu, nota o ICNF.
O relatório concluiu ainda que a área ardida deste ano “é consideravelmente inferior à área ardida expectável, tendo em conta a severidade meteorológica verificada”.
Do total, 5.233 incêndios foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído, representando 70% do número total de fogos. Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 3.536 incêndios.
Os números deste ano revelam uma área ardida maior do que aquela registada durante todo o ano passado, que foi de 28.415 hectares.