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DEMOC, o festival que propõe refletir sobre a democracia, com palco em Viseu durante março e abril

A iniciativa, organizada pela Mochos no Telhado, vai contar com oficinas, conferências, espetáculos e tertúlias

Diogo Paredes
 DEMOC, o festival que propõe refletir sobre a democracia, com palco em Viseu durante março e abril
06.03.25
fotografia: Jornal do Centro
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 DEMOC, o festival que propõe refletir sobre a democracia, com palco em Viseu durante março e abril
06.03.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 DEMOC, o festival que propõe refletir sobre a democracia, com palco em Viseu durante março e abril

A partir de dia 15 de março, Viseu vai ser palco de um novo festival, desta vez dedicado à democracia, intitulado DEMOC. O festival, organizado pela companhia Mochos no Telhado, está inserido nas comemorações do 25 de Abril. Até dia 11 de abril, Viseu vai ter oficinas, conferências, espetáculos e conversas. O objetivo é despertar nos mais em novos e velhos, a capacidade de questionar a sociedade, o desenvolvimento do pensamento crítico e fomentar um espírito democrático.

A apresentação do DEMOC teve lugar esta quinta-feira na biblioteca municipal de Viseu e contou com a participação do artista da companhia Mochos no Telhado e organizador do festival, Dennis Xavier, assim como a vereador da Cultura de Viseu, Leonor Barata.

“Sabemos que a imaginação, também muito associada às práticas artísticas, e tudo o que nos ajuda a conceber, a projetarmos para o futuro, são práticas que ajudam a preservar a democracia”, afirmou Dennis Xavier. “Fala-se muito da democracia e penso que se fala pouco na preservação da democracia”, disse ainda.

A vereadora da Cultura, por seu lado, explicou a necessidade de “um festival que se dedica a pensar de uma forma muito abrangente o que é que pode significar a democracia nos dias de hoje”. “Temos, claramente, uma mudança de paradigma internacional que nos faz a todos questionar o nosso lugar e a nossa capacidade de ação”, continuou Leonor Barata. Por isso, para a autarca, “uma das respostas possíveis será a arte e aquilo que a arte nos pode ajudar a fazer, que é olhar para o mesmo problema mas de maneiras diferentes”.

No dia 15 de março, José Maria Vieira Mendes, do Teatro Praga, apresenta a miniconferência “Para que Serve a Cultura?”, dedicada a crianças a partir dos nove anos. Esta conferência para os mais novos pretende, no fundo, levantar a questão sobre para que é que a cultura nos serve a nós em vez da pergunta inicial, fomentando o espírito crítico junto dos jovens. A tertúlia vai acontecer na Quinta da Cruz, a partir das 16h00.

A 29 de março, no mesmo espaço, é a vez de Sara Barros Leitão dirigir o Clube do Livro Feminista, intitulada Heróides. O clube é organizado pela estrutura montada por Sara Barros Leitão, denominada Cassandra. Ao longo de cada ano, decorrem três sessões presenciais deste clube, e Viseu acolhe, a 29 de março, uma dessas sessões. O livro escolhido para esta sessão foi “Caruncho”, da escritora Layla Martínez.  A sessão tem início às 12h00.

Carlos Costa e João Martins, do grupo Visões Utéis, apresentam no dia 5 de abril o espetáculo “Trans/Missão”. “Este é um espetáculo que junta um dramaturgo e um músico que abrem ao público o seu processo criativo, a sua tentativa de criarem uma ópera”, afirmou Dennis Xavier, da companhia Mochos no Telhados. “Nesta tentativa de estarem juntos num só espaço percebem que esse confronto de ideias os obriga a fazer uma reflexão também sobre estar juntos em sociedade e de estar juntos de uma forma mais coletiva, o que levará também a uma reflexão maior acerca da democracia e das sociedades”, disse ainda o responsável da Mochos no Telhado. O espetáculo tem início às 19h00, no IPDJ de Viseu.

No dia seguinte, é a vez de Cláudia Gaiolas interpretar a peça “Quinta dos Animais”, livro de George Orwell adaptado para o público jovem por Tonan Quito. A peça é apresentada na biblioteca municipal de Viseu, às 16h00. É uma fábula que fala sobre uma ditadura animal e que nos ajuda a compreender muitos dos nossos processos em sociedade”, disse o organizador sobre o livro que “marcou muito” a sua infância.

Nos dias 8 e 9 de abril, Afonso Cabral, Francisca Cortesão e Inês Sousa Real promovem uma oficina de escrita de canções de protesto onde “as crianças serão certamente motivadas a partilhar as suas ânsias, preocupações, medos e desejos, além de refletir isso numa que dará origem a um conjunto de canções”, esclareceu Dennis Xavier. Cada dia vai contar com duas sessões, uma das 10h00 às 11h30 e outra das 14h30 às 16h00, a realizar na Quinta da Cruz.

“No final da tarde do último dia, haverá uma pequena partilha com as famílias e com as crianças, onde vamos juntar os dois grupos, e estes músicos que fazem parte do projeto também partilharão algumas das suas canções”, esclareceu o membro da Mochos no Telhado.

A biblioteca municipal de Viseu acolhe, nos dias 11 e 12 de abril, a oficina “Loja [temporária] de vender poetas”, um trabalho que surge a partir do trabalho de Afonso Cruz. “No fundo é uma brincadeira sobre uma loja que vende poetas e todos nós podemos ir comprar um poeta”, afirmou Dennis Xavier.

O festival DEMOC termina com o espetáculo-conferência “O que importa é participar”, de Hugo van der Ding. Esta conferência na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu debruça-se sobre os momentos da História de Portugal em que as mobilizações coletivas e a participação social alteraram o rumo dos acontecimentos. “Como daquela vez que os padres se passaram com o rei e o puseram a andar, em 1245, ou quando o povo de Lisboa mandou o bispo de Lisboa em voo pela janela da Sé, em 1383”, explica o resumo deste espetáculo do DEMOC.

Após todos os eventos do festival, será publicado, de acordo com Dennis Xavier, um “Atlas da Democracia”, que consiste num “documento que vai compilar os debates, as conversas, as reflexões que surgiram no pós-atividade”. Neste documento, será dado mais destaque às crianças e aos jovens que participaram nos eventos.

A organização do festival está a procurar, junto dos professores, a motivação dos alunos, para que estes participem nos eventos do DEMOC – alguns deles marcados para o período de férias letivas.

No final, o elemento da Mochos no Telhado lançou a hipótese de uma segunda edição do festival que possa ser organizada “em 2026 ou 2027”. Além disso, o artista explicou que está prevista a organização de mais atividades pontuais em Viseu inseridas na temática da democracia.

O DEMOC conta com o apoio do Município de Viseu, assim como o apoio do programa de apoio em parceria da Direção-Geral das Artes. Este apoio está inserido na Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril.

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