No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
por
Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Os valores-limite da poluição por ozono foram ultrapassados três vezes este ano na região de Viseu, que teve uma qualidade do ar praticamente mediana. O mês de julho foi o pior de 2024 no que toca aos níveis de ozono.
Segundo dados do site QualAr da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no dia 23 de julho, a estação de Fornelo do Monte no concelho de Vouzela – a única do distrito que se dedica a avaliar os níveis de concentração do ozono no ar – registou uma concentração média de 196 microgramas de ozono por metro cúbico de ar (µg/m³). O valor é muito acima do número indicado como o limiar de informação da população (180 microgramas).
Os níveis de ozono no ar também foram ultrapassados em abril e em maio deste ano, com registos médios de 183 microgramas (indicando uma qualidade fraca do ar) a 16 de abril e de 193 microgramas a 29 de maio.
De resto, os níveis de qualidade do ar em Fornelo do Monte estiveram muitas vezes acima dos 100 microgramas, indicando uma qualidade média – o escalão da Agência Portuguesa do Ambiente vai do muito bom ao mau.
O ano arrancou com uma qualidade considerada boa do ar, mas a meio de janeiro o nível começou a descer para o médio, o que tem vindo a verificar-se durante grande parte dos meses seguintes. Em julho, antes de ter sido atingido o valor mais grave do ano, já os níveis estavam próximos do limiar de informação (sobretudo nos dias 4 e 5, com 178 e 176 microgramas, respetivamente).
Já em setembro, na altura dos incêndios que assolaram o distrito de Viseu, a estação de Fornelo do Monte registou no dia 18 uma concentração média de 163 microgramas. A qualidade do ar melhorou no final do mês, já depois da passagem do verão para o outono.
No mês de outubro, verificou-se o melhor registo da qualidade do ar deste ano com 12 microgramas no dia 5, o que significava que a qualidade era muito boa. Desde então e até agora, a qualidade do ar tem variado entre o nível muito bom e o bom.
Esta quarta-feira (25 de dezembro), dia de Natal, a concentração média de ozono em Fornelo do Monte foi de 74 microgramas.
Segundo lembra a APA, o índice de qualidade do ar traduz de uma forma fácil e compreensível o estado da qualidade do ar e o conhecimento dos seus resultados. E também permite adequar comportamentos e ações no sentido da proteção da saúde humana, especialmente dos grupos mais sensíveis da população.
Se, na estratosfera, o ozono filtra a radiação solar ultravioleta, já na troposfera (camada mais baixa da atmosfera que entra em contacto com a superfície da Terra), pode ser encarado como um poluente secundário.
Os episódios de poluição que resultam das concentrações elevadas de ozono ocorrem essencialmente no verão, em dias de forte radiação solar, temperaturas elevadas, vento fraco e estabilidade atmosférica. Segundo as autoridades, a exposição ao ozono poluente, também chamado de “ozono mau”, pode provocar dificuldades respiratórias, tosse, problemas cardíacos, dores de cabeça e peito, irritação nos olhos, nariz e garganta, perdas agrícolas e danos na vegetação, nos edifícios e em materiais como a borracha e os têxteis.
A concentração excessiva de ozono afeta a qualidade do ar com efeitos sobretudo em grupos da população mais sensíveis, tais como crianças, idosos e asmáticos.
Segundo a legislação em vigor, há dois limiares de informação obrigatória à população. No momento em que se verifica que, nas medições de uma estação, um valor horário de ozono ultrapassa os 180 microgramas por metro cúbico, as comissões de coordenação e desenvolvimento regionais informam as autoridades e a comunicação social. Quando os níveis de ozono no ar atingem os 240 microgramas, as populações são alertadas para ficarem em casa ou em espaços fechados e evitarem fazer grandes esforços físicos.
Fotos: As vezes em que os níveis de ozono ultrapassaram este ano os valores aceitáveis na estação de Fornelo do Monte