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O empresário Henrique Cabral Menezes, dono da marca de fruta desidratada Fruut, quer comprar uma empresa de maçãs falida em Moimenta da Beira. O gestor, que foi administrador financeiro da Caixa Geral de Depósitos (CGD), está disposto a pagar até seis milhões de euros para ficar com a Desfruta.
A informação é avançada pelo Jornal de Negócios. A Desfruta declarou insolvência no último verão e despediu os cerca de 40 trabalhadores por falta de dinheiro para pagar os salários, tendo dívidas de aproximadamente 11 milhões de euros. A empresa ainda apresentou um plano de recuperação aos credores, mas o documento acabou por ser chumbado e o Tribunal decretou a liquidação dos ativos.
Agora, Henrique Cabral Menezes mostra-se disponível para comprar a Desfruta. O empresário adianta que, com esta aquisição, passaria a conservar 18 mil toneladas espalhadas por quatro instalações.
Henrique Menezes já investiu 15 milhões de euros no setor das maçãs desde 2017, depois de ter renunciado à administração da CGD. Nesse ano, deixou Lisboa e regressou a Viseu para gerir o negócio familiar da Quinta de Vilar. O empresário tem agora 65 hectares de produção, a maioria (42) no concelho de Sátão.
Desde que o projeto da Fruut arrancou há mais de dez anos, já foram salvas quase 10 mil toneladas de fruta e vendidas 25 milhões de embalagens em 35 países.
Em maio passado, a Quinta de Vilar comprou a empresa Frutas Cruzeiro em Armamar por quatro milhões de euros, tornando-se dona da maior operadora de capacidade de conservação da maçã na zona da Beira Interior e passando a conservar 12 700 toneladas de fruta fresca.
Em 2023, o volume de negócios do grupo de Henrique Menezes ultrapassou os nove milhões de euros. Para 2024, a expetativa é atingir os 11 milhões de euros. A Quinta de Vilar emprega atualmente 73 pessoas, das quais 28 estão alocadas à Fruut.
As exportações representaram 45 por cento das vendas da Quinta de Vilar, com destaque para os mercados inglês, espanhol, escandinavo, holandês, israelita e coreano.