As Obras Sociais de Viseu aderiram à Missão Pijama, que sensibiliza para a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, com destaque para o direito de a criança poder crescer no seio familiar. A instituição também promoveu o Dia Nacional do Pijama e aproveitou a ocasião para promover a medida junto dos mais novos.
Segundo as Obras Sociais, o Dia do Pijama – assinalado a 20 de novembro – também teve como objetivo alertar a sociedade para a necessidade do acolhimento familiar, evitando que as crianças que entram no sistema de promoção e proteção “sejam afastadas da sua família biológica e vivam em casas de acolhimento, principalmente quando apresentam tenra idade”.
O acolhimento familiar também pretende reduzir o número de crianças institucionalizadas. A iniciativa foi coordenada pelas equipas da resposta social de acolhimento familiar Viseu Afetos e da creche e pré-escolar das Obras Sociais.
No Dia do Pijama, as crianças participaram em vários momentos dinamizados pela equipa da creche e pré-escolar desde a confeção de bolachas caseiras à elaboração de casinhas de família com fotos das famílias das crianças, além da leitura de histórias.
O dia culminou com um desfile do pijama e com a visita da equipa do Viseu Afetos com a atividade “Crescer é em Família”, onde a leitura de um conto alusivo à família foi aproveitada para sensibilizar para a sua importância e para a realidade das crianças que necessitam de um agregado familiar de forma temporária.
Em suma, as Obras Sociais de Viseu referem que o Dia do Pijama foi “dedicado às crianças e à importância de todas poderem e deverem crescer numa família, com cuidado, afeto, segurança e proteção, elementos essenciais na infância, mas que, infelizmente, não fazem parte do dia a dia de muitas crianças”.
A instituição sublinha que a equipa Viseu Afetos vai continuar a dinamizar ações de sensibilização para as crianças em algumas escolas primárias do concelho para dar a conhecer o acolhimento familiar. Também vão ser entregues alguns folhetos sobre esta resposta.
O distrito de Viseu passou a ter mais respostas de famílias de acolhimento em 2023, mas houve menos crianças e jovens acolhidas na região, de acordo com o relatório da Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens. A maioria dos menores protegidos pelas famílias de acolhimento em Viseu tem entre os 12 e os 17 anos de idade.
As famílias de acolhimento podem receber crianças e jovens até aos 18 anos que estejam em situação de perigo, garantindo o afeto, o bem-estar e o pleno desenvolvimento destes menores.
A medida é temporária e é aplicada pelos tribunais ou pelas comissões de proteção de crianças e jovens, sendo dada prioridade, de acordo com a lei, ao acolhimento de crianças com menos de 6 anos.
