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O Cinfães não vai jogar a Taça de Portugal na próxima época. A Federação Portuguesa de Futebol já informou a Associação de Futebol de Viseu, que por sua vez deu nota ao clube da decisão do organismo, que não haverá lugar para repetir o sorteio e integrar o clube do norte do distrito na primeira eliminatória da Taça.
Ao Jornal do Centro, o presidente do Cinfães disse que foi informado através de email. “Um email muito simples, muito curto e vago por parte da Federação Portuguesa de Futebol. Dizia que, como a Associação de Futebol de Viseu atempadamente não fez chegar a documentação do Clube Desportivo de Cinfães, não aceitava que o sorteio fosse repetido”, disse Vítor Pereira.
Perante este novo cenário, o líder do clube cinfanense garantiu ir reunir de emergência com os restantes elementos da direção. “Vou reunir já hoje às seis da tarde com a direção para ver os procedimentos a tomar. A culpa não vai morrer solteira. O Cinfães não pode ser prejudicado. Uma vez que a verdade desportiva não foi tida em conta, vamos ver o que a direção decide. E vamos ter uma reunião com a Associação sábado às onze da manhã”, detalha.
Vítor Pereira reforça que vai “até às últimas consequências”. “O Clube Desportivo de Cinfães vai ter de ser ressarcido de todos os prejuízos que teve. Se houver uma plataforma de entendimento, ótimo. Se não houver, temos de ir para os tribunais”, sublinha.
O presidente do Cinfães deixa claro que de todos os cenários, o de levar o caso a tribunal não é o que prefere. “Não ganho nada em ir para tribunal. Não quero ir até porque tenho uma excelente relação quer com a Associação de Futebol de Viseu, quer com o presidente da Associação, que sempre esteve ao lado do clube e mostrou-se disponível para ajudar. Não quero quezílias com a Associação, quero resolver tudo a bem”, explica.
Ainda em declarações ao Jornal do Centro, Vítor Pereira critica a postura adotada pela Federação Portuguesa de Futebol e pelo presidente do organismo maior do futebol português, Fernando Gomes. “Deixo uma pergunta no ar: gostava de saber se o que aconteceu ao Cinfães acontecesse a clubes de nomeada, os três grandes, qual era a posição do Dr. Fernando Gomes e dos seus pares, relativamente ao assunto? Isso é que eu gostava de saber”, lamenta.
“Não tenho dúvidas absolutamente nenhumas de que há dois pesos e duas medidas relativamente à dimensão dos clubes”, vinca o presidente do Cinfães, que deixa antever que caso não se chegue a um acordo, deverá ser pedida uma indemnização que atenue o prejuízo do clube por não participar na Taça de Portugal.
Para o futuro, Vítor Pereira pede que se se repetir uma situação semelhante, não haja, por parte da Federação uma postura diferente da que adotou agora. “Eu não posso tirar lições ou ilações porque o Clube Desportivo de Cinfães não teve qualquer culpa no caso. Agora fica disto a intransigência da Federação Portuguesa de Futebol em ajudar um associado para resolver uma questão. Hoje aconteceu ao Cinfães, amanhã pode acontecer a outro clube qualquer. Aos grandes não acredito que aconteça, mas a outros pode acontecer, e espero que aí não haja dois pesos e duas medidas”, afirma.
O Clube Desportivo de Cinfães apurou-se para a primeira eliminatória da Taça de Portugal por ter vencido a Taça Sócios de Mérito e ter conseguido ficar em segundo lugar na fase de campeão da Associação de Futebol de Viseu. Esta segunda-feira, 7 de junho, o clube do norte do distrito deveria ter feito parte dos clubes a ir a jogo para o sorteio da primeira eliminatória da prova rainha do futebol português. A Federação alegou não ter recebido informação relativa ao Cinfães e a Associação de Futebol de Viseu admitiu que deu conta do erro 45 minutos antes do início do sorteio. O Jornal do Centro tentou contactar o presidente da Associação de Futebol de Viseu, mas, até ao momento, não foi possível ouvir José Carlos Lopes.