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O resultado autárquico do passado dia 26 de Setembro determinou por vontade popular os mandatários do poder local para o quadriénio 2021-2025.
A especificidade do poder político local na vida democrática portuguesa não permite uma análise que se possa prolongar para um plano nacional; pelo menos, uma que se possa estender de forma linear, sem colocar em causa o intelecto ou a clarividência dos muitos portugueses pelas suas escolhas autárquicas e sua compreensão dos processos democráticos portugueses.
No entanto, como qualquer outro momento eleitoral, estas eleições merecem um olhar atento e uma reflexão, e, faço-a olhando ao projecto político onde me insiro, a Coligação Democrática Unitária, não me cabendo extrapolar para outros campos o que entendem outras direcções partidárias sobre o resultado que os próprios obtiveram.
Muito concretamente: não resultaram destas eleições mudanças profundas e/ou significativas no que toca à correlação de forças políticas autárquicas verificadas nos actos eleitorais prévios. A CDU mantém de forma clara a sua posição como terceira força política autárquica, influente e determinante, afirmando-se como a grande força de esquerda neste plano. Pese embora o recuar no número de votos a nível nacional, ao qual a CDU sendo uma força política de terreno e contacto directo com a população, este ano e meio contribuiu decisivamente para dificultar o habitual trabalho de proximidade de eleitos e activistas, é à CDU que estão atribuídos mais de 2 mil mandatos, entres Câmaras e Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesia em todo o território.
A nível distrital a CDU acompanhou a descida verificada a nível nacional que se traduziu, infelizmente, na perda de alguma representatividade nos órgãos autárquicos; infelizmente, digo, pelo reconhecimento generalizado do trabalho desenvolvido pelos eleitos da CDU e pela concretização de várias propostas visando sempre os mais altos interesses das comunidades, não excluindo o seu importante papel fiscalizador.
Seria meritório e sobretudo justo um reforço eleitoral da CDU no distrito e no país. Aliás, sentirão as populações nestes quatros anos que se seguem, que a CDU não é força que possa ser substituída no plano autárquico nem tampouco é força que encontre paralelo noutro projecto. Saberão as populações valorizar em nova oportunidade.
Certo é que este projecto político, de esquerda e congregador, não começa nem termina nos processos eleitorais, tornado possível afirmar taxativamente: Aqui estamos, aqui continuaremos convosco.
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Vitor Santos
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