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A seleção portuguesa de andebol masculino vai viver, ao final da tarde desta sexta-feira, 31 de janeiro, um novo momento histórico. Os lusos enfrentam a Dinamarca nas meias-finais do campeonato do mundo. Pela frente a Dinamarca. Nunca Portugal tinha atingido uns quartos de final de um mundial. As meias-finais são a confirmação de um percurso histórico. O treinador do Artística de Avanca e antigo treinador do Académico de Viseu, Rafael Ribeiro, garante que pela frente Portugal terá “o maior colosso do andebol mundial”.
Para o técnico, a Dinamarca é a melhor seleção do mundo que “se não for a melhor seleção” da história da modalidade, estará “no top-3 das melhores seleções de sempre”. “É forte em todos os momentos do jogo. É a equipa que mais golos marca em transição e Portugal pode ter aí um problema, caso o ataque não tenha capacidade de finalizar”, começa por explicar Rafael Ribeiro. O treinador lembra a forma rápida como a formação nórdica consegue concretizar os golos. Por isso, o treinador refere que o sucesso de Portugal passará pela paciência e pela capacidade de atenuar a velocidade que a Dinamarca impõe.
Rafael Ribeiro frisa que Portugal não é favorito, mas confia que “com paciência, sorte e competência” terá a capacidade de discutir o jogo. Para alimentar esta fé, o treinador do Avanca socorre-se daquilo que os “Heróis do Mar”, assim é conhecida a seleção portuguesa de andebol, têm feito nesta prova. “Portugal não tem tido um percurso fácil no mundial e não perdeu nenhum jogo. Portugal jogou com a Noruega, a seleção da casa, e ganhou, defrontou um bom Brasil, e ganhou. Tem sido um trajeto inquebrável e sólido”, explica.
“Lutar, pelo menos, pelo terceiro e quarto lugares é inacreditável”
O treinador enaltece “o esforço e a dedicação” de uma seleção portuguesa que, recorda, é “muito jovem”. “Tem quatro jogadores experientes, mas a maioria dos jogadores têm uma média de idades muito baixa que nos pode garantir, a curto ou médio prazo, sucessos como este. Portugal está a conseguir conviver com a mistura de experiência e juventude. É incrível percebermos que há uma equipa a trabalhar, independentemente das cores e de, daqui a uma semana, já estar o campeonato português a rolar”, assinala.
O selecionador português, Paulo Pereira, referiu que o foco estava na conquista das medalhas. Agora Portugal sabe que, pelo menos, aconteça o que acontecer esta noite diante da Dinamarca, irá lutar por uma medalha. Se vencer os dinamarqueses, apontará ao ouro frente à Croácia, se sair derrotado, vai atirar-se ao bronze diante dos franceses. “Lutar, pelo menos, pelo terceiro e quarto lugares é inacreditável. Olhar para seleções que já ficaram para trás, como Suécia, Noruega, Espanha, Alemanha…, históricos de seleções. Há que reforçar que a maior parte dos jogadores da seleção portuguesa joga no campeonato português. É preciso dar valor aos treinadores e dirigentes”, elogia Rafael Ribeiro.
“Acreditem mesmo nisto: está a fazer-se história”
O ano civil começou há um mês e o ex-treinador do Académico de Viseu defende que esta seleção tem de ser considerada a modalidade de eleição em 2025. “Sem tirar valor ao futsal português que já foi campeão do mundo e da Europa e ao que o hóquei tem feito, o número de seleções fortes nessas modalidades não é tão forte como acontece no andebol. Falamos de uma modalidade que em Portugal nunca teve capacidade para ombrear com as melhores seleções do mundo. Portugal nunca esteve nos quartos de final, nunca venceu medalhas… Há 15 anos não ia a estas competições. Em 10, 15 anos, está numa meia-final de um mundial. Independentemente do que se passar daqui em diante, começamos o ano da melhor maneira e a seleção de andebol tem de ser considerado o desporto coletivo de eleição. Está a fazer história. Quem não está por dentro da modalidade, acreditem, mesmo, que se está a fazer história”, garante.
Portugal defronta ao final da tarde desta sexta-feira a Dinamarca. O jogo das meias-finais do mundial de andebol começa quando forem sete e meia da tarde em Portugal continental.