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A empresa OSP Overprint Services Portugal, sediada em Sernancelhe, anunciou em janeiro que avançaria para um regime de layoff, mas o pedido foi recusado. Ainda assim, os trabalhadores receberam apenas 65% do salário desse mês, sem terem conhecimento de que não estavam oficialmente em layoff.
Atualmente, cerca de 46 trabalhadores aguardam o pagamento do mês de fevereiro e os 35% em falta do ordenado de janeiro. Os funcionários receberam uma carta da empresa a informar que não havia trabalho esta semana, sem qualquer referência a pagamentos ou esclarecimentos adicionais sobre a sua situação laboral.
O dirigente sindical do Sindicato das Indústrias Transformadoras Elétricas, Telmo Reis, explica ao Jornal do Centro que não tem conhecimento do encerramento da empresa, e que “aquilo que se passa neste momento é que eles alegaram um lay-off que não existiu e não pagaram o correto aos trabalhadores”.
Para além disso,ao Jornal do Centro chegaram preocupações sobre eventuais movimentações dentro das instalações da empresa. Há suspeitas de que possam estar a retirar materiais ou equipamentos, mas o sindicato ainda não conseguiu confirmar essa informação.
“Em relação a empacotar os bens da empresa, nós não temos ainda informação sobre isso. Aquilo que sabemos é que de momento há movimentações dentro da empresa e que, de momento, legalmente, não se pode fazer nada. Não sabemos se as máquinas são da empresa, se são alugadas, mas estamos em cima do acontecimento e estou em contacto direto com a Delegada Sindical, explica Telmo Reis.
Os trabalhadores da Overprint, em Sernancelhe, acreditavam estar em layoff e só recentemente descobriram que essa medida nunca chegou a ser validada, uma vez que o pedido foi rejeitado pela Segurança Social. “O layoff foi infundado. Eles meteram o layoff, só que foi recusado. Tanto que as trabalhadoras foram à Segurança Social ver como é que estava a situação do layoff, e afinal não há layoff nenhum e a empresa está a trabalhar em regime normal”, conta o dirigente sindical.
A falta de pagamento e a incerteza sobre o futuro estão a deixar os funcionários apreensivos. O sindicato já notificou a empresa para regularizar os salários e, caso isso não aconteça, recorrerá à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).
O Jornal do Centro contactou a administração da OSP Overprint Services Portugal para obter esclarecimentos, mas, apesar das várias tentativas, não obteve qualquer resposta.5
No site “Imovirtual“, o pavilhão da empresa encontra-se à venda por 1 250 000 euros, tendo a publicação sendo atualizado pela última vez no dia 2 de fevereiro.