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O enólogo Tiago Macena, natural da Guarda e residente em Viseu, está prestes a tornar-se no primeiro Master of Wine (MW) português. Este é considerado o título mais prestigioso e cobiçado pelos profissionais do setor dos vinhos em todo o mundo.
Tiago Macena, que trabalha na região demarcada do Dão, foi aprovado recentemente no exame prático, faltando fazer apenas a tese final.
O programa de estudos Masters of Wine é visto como o mais completo, exigente e respeitado no setor vinhateiro. Criado em 1953, o programa que envolve exames teóricos e práticos tem taxas de aprovação de apenas 10 por cento. Hoje, há apenas 414 pessoas, de 31 nacionalidades, que são consideradas ‘mestres do vinho’. O título de MW permite trabalhar o universo do vinho em qualquer parte do planeta.
Macena iniciou os estudos em 2012. Depois de uma fase de interrupção, retomou-os em 2017, tendo convidado para mentor o MW brasileiro Dirceu Vianna Júnior, que A Feira é em Nelas, mas representa toda uma Região Demarcada.
Licenciado em Engenharia Agronómica, com especialização em Viticultura e Enologia, pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Tiago Macena acumula experiência no Dão e também nas regiões do Douro, Alentejo e Bairrada.
Em resposta a este feito de Tiago Macena, o organismo ViniPortugal, que tem apoiado o percurso do enólogo e consultor, lembra a importância e o significado da atribuição do título de MW para Portugal e para o setor.
“Acreditámos sempre que este dia chegaria e fizemos sempre questão de o apoiar durante todo o seu trajeto. Acreditamos que com todo o apoio que disponibilizámos contribuímos para tornar possível a Portugal e ao setor ter um Master of Wine Português e o Tiago Macena será com certeza o primeiro a sê-lo”, disse Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, num comunicado citado pelo site Hipersuper.
Já o próprio Tiago Macena não escondeu a elevada exigência dos estudos. “A fase do exame prático foi mesmo muito difícil devido às especificidades e exigência dos grandes vinhos internacionais, mas depois desta fase passada o sentimento é de extrema alegria”, disse na mesma nota.
O enólogo e consultor acredita que, sendo MW, pode “ajudar o setor dos vinhos a ter a projeção que merece, mas também trazer para Portugal conhecimento”. “Foram muitos anos sempre sem desistir, mas estou cada vez mais perto desta conquista e agradeço a parceiros como a ViniPortugal que acreditaram que isto era possível”, concluiu.