Não vamos a casa da avó, mas preparem-se para um regresso aos…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Há lugares que não são apenas para comer – são para partilhar….
por
José Carreira
por
Paulo Correia
por
José Junqueiro
por
Jorge Marques
Em 2015 um jornalista do New York Times escrevia que 47% dos postos de trabalho nos EUA estariam em risco de ficar obsoletos e seriam substituídos por máquinas. Não seriam os operários os mais afetados, mas as profissões intelectuais. O Mundo seria dividido em duas partes, o Mundo da Ordem/Mundo da Desordem. Os estados fracos e falidos seriam eliminados. Segundo a ONU existiam mais de 50 milhões de refugiados. Em 2024 eram 120 milhões.
Como é que antigamente se controlavam os países onde reinava a desordem? Resolvia-se através dos impérios, colonizadores e ditadores. Hoje ninguém quer tomar conta das zonas da desordem, porque no fim o resultado é uma conta para pagar. Por isso descobriu-se uma nova solução, gerar o caos, talvez ele seja uma oportunidade de meter tudo na ordem.
Uns anos atrás, muitos se lembrarão de um livro que fez sucesso, A Arte da Guerra, escrito no Séc. V a.C. Mostrava que era possível enfrentar e vencer um adversário mais forte, desde que se confiasse nas próprias forças. Era a China Antiga a dar-nos lições e a dizer que no mandarim a palavra Crise significava oportunidade! Mas não eram só os chineses, o Grande Sócrates considerava o Caos uma divindade. A partir daí o caos entrou na matemática, ciência, filosofia, astronomia, meteorologia, biologia, economia, política e na vida que cada um de nós. O caos atrai até as gerações mais novas, gente que por sistema são transgressores, criativos e que sentem no caos uma promessa de novas oportunidades. As gerações que depois dos baby boomers apanharam o alfabeto quase no fim (X,Y,Z) e vendo-se gregos, adotaram agora as designações Alfa e Beta. É a prova que o Tempo, nos seus vários conflitos, regressa sempre a alguma coisa mais antiga!
Chegados ás democracias da atualidade, parece existirem apenas duas soluções para os cidadãos. A primeira é não votar, o que vai acontecendo cada vez mais por todo o lado. A segunda é lutar pelo renascimento da democracia que fala e pratica a participação da Sociedade Civil e faz reformas no sistema político. Em 1999 chegou a Portugal o livro “O Fim da História e o Último Homem”. Tínhamos chegado a um modelo vencedor com a democracia liberal unida á economia de mercado. Em 2015 começa a desenhar-se a hipótese que o fim da história pode ser o fim da democracia. E porquê? Porque a democracia é suportada por três pilares claros. Primeiro é ter eleições livres por sufrágio universal, secreto, pluralista e com uma verdadeira competição entre as diferentes forças políticas. Segundo é um Estado que sabe governar, faz respeitar a sua autoridade e garante os serviços essenciais aos seus cidadãos. Terceiro é um Estado de Direito onde vigora o primado da lei. Como se percebe, não é fácil vestir esta farda completa!
A energia das democracias foi-se gastando, a renovação da classe política foi fraca, os jovens talentos dessas democracias abandonam os seus países e vão para lugares onde não se pergunta quem é o pai, a família ou o partido. Os EUA foram recebendo talento de todo o mundo e falavam em meritocracia. Num dos discursos em 2015, Obama alertou para a degradação dessa meritocracia e disse que a mobilidade social estava bloqueada. Que o discurso promovido pelos governos é contra as elites.
As duas superpotências que eram os EUA e Rússia são agora os EUA e a China. Com Obama ambas competiam pela Conquista do Espaço, mas também pela construção de um Laboratório de Supercérebros Humanos. Era o Sonho do Super-Homem! Os EUA lançam o plano “The Brain Activity Map” para fazer o mapeamento do Cérebro Humano. Uma espécie de reconstrução do genoma humano aplicado ao cérebro, um projeto a dez anos, grandioso. Hoje fala-se de Marte e IA. E a China?
Essa lança um projeto para descobrir a “chave genética da inteligência” num laboratório em Hong-Kong e Shenzhen. O seu diretor é um jovem de 20 anos e o projeto inclui a BGI que é uma empresa privada. A recolha das amostras do ADN é feita a dadores com um QI superior a 160. O que significa este número? Que o QI médio mundial é 100, que a média dos prémios Nobel é 145. O QI 160 só aparece 1 em cada 30 000 habitantes no mundo. O que se pretende? Identificá-lo, explorá-lo, identificá-lo antes do nascimento e se possível replicá-lo numa proveta. É uma Fábrica de Génios e as recolhas estão a ser feitas em vários países do mundo.
Não há nada no Mundo mais complexo que o cérebro. São 80 mil milhões de neurónios e cada um deles com 10 mil conexões com outros neurónios. Conhecê-lo é bem mais difícil do que ir a Marte! Mas para tudo acontecer é preciso competição/cooperação entre China e EUA. Nada disto é novo! No ano 1000 a China e Médio Oriente prosperavam, a Europa não e os seus inimigos eram os chineses, árabes e americanos. A formação de líderes mais avançada era na China, baseava-se no budismo, chamava-se Líder Ideal e tinha a ver com atitude e comportamento e não com contabilidade. No ano 1000 o maior porto era Xangai e Hong-Kong e os chineses escolhiam os seus parceiros comerciais. Era o país mais globalizado e com fábricas tão grandes, que essa dimensão no Ocidente só foi atingida na Revolução Industrial (Séc. XVIII/XIX)…
por
José Carreira
por
Paulo Correia
por
José Junqueiro
por
Jorge Marques
por
Raquel Cardoso