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Há a ideia que os problemas em democracia resolvem-se todos com eleições. Qualquer sintoma de crise e lá vem a velha solução, ir a votos, devolver a palavra ao povo. Esquecemos que o povo é muito mais que o voto e a democracia muito mais que eleições! Mas será que resolve mesmo? Claro que não, a democracia não é um reino de votos, nem de vetos e até mesmo os consensos nem sempre fazem sentido! O sonho maior é ter uma maioria absoluta e a sorte de um Presidente da República que seja um velho dirigente do nosso partido. Veja-se o ruído que está a provocar o Almirante!
E o que repete sistematicamente o ganhador das eleições após o ato eleitoral? Atribui todas as culpas ao governo anterior pelo que aconteceu de errado desde o Afonso Henriques; desfila um conjunto avantajado de ações e promessas que são verdadeiras peças de literatura; troca os triângulos dos sinais de trânsito, o da Cooperação/Acordo/Negociação, pelo da Competição/Maioria/Publicidade! Mas porque será que ao mínimo conflito, problema e acidente de percurso, se diz que só as eleições são solução?
Porque a nossa democracia tem-se mostrado pouco inovadora nas suas soluções. A sua ideia da simplificação e repetição já não está consonante com o tempo de hoje. O problema é não querer aceitar que a política faz parte do sistema global e que a sua crise traz problemas novos a todos. Há necessidade de um exercício de inovação política que leve os políticos a formas diferentes de pensar e agir. Porque não é admissível, nem razoável, que num mundo carregado de inovações nos domínios financeiros, tecnológicos, científicos e culturais sejamos confrontados com uma política de museu. Isto não é para atingir ninguém em particular, mas para refletir sobre as fragilidades do Sistema. Repare-se neste tipo de confrontações: Vivemos num otimismo tecnocientífico, mas ao mesmo tempo num analfabetismo dos valores cívicos; vivemos uma inovação tecnológica, mas sem inovação social; o talento falta em todos os domínios da sociedade, mas foge do país.
Tudo o que está a acontecer deveria levar a política a questionar-se sobre se estará perante problemas que pode solucionar ou transformações históricas que a devem obrigar a mudanças profundas. O estranho é que a política e as suas instituições parecem tranquilas perante as difíceis perspetivas sobre o futuro, como se fossem um santuário com imunidade sagrada. A democracia pode tornar-se irrelevante, como nos mostram os sinais que andam no ar por esse mundo fora.
Um dos sintomas é a forma como se concebe o conceito de gestão na política. Falam disso como se tratasse de despolitizar, desregular, liberalizar ou governar em estilo de gestão empresarial a que chamam tecnocrática! O grave da análise é que se trata exatamente do contrário desta ideia. Esse conceito de gestão/governança é a resposta mais eficaz ás privatizações selvagens, á ineficiência e ineficácia das Instituições Públicas. A gestão/governança qualificada é a única possibilidade de salvar o poder político da sua ineficácia e de recuperar a política para as mudanças profundas. Não é com lutas tribais que se faz a democracia!
Alguns aproveitam estas fragilidades para dizer que a democracia está esgotada! Não, não é esta democracia que está esgotada, mas a forma não integrada de a fazer! É confrangedora a ideia, instrumentos e procedimentos que se operam nas Instituições do Estado. A ideia de que só funcionam chefiadas com gente do partido do governo, que todo o trabalho anterior é para destruir, que não tem validade, que estamos sempre a começar e nunca concluímos nada. Problemas de falta de confiança política ou pessoal? Ensinaram-me, bons mestres, que quem sente essa falta de confiança é porque não confia em si próprio, quer subordinados e não colaboradores competentes e com plena responsabilidade. Colaboradores que resolvam os erros e problemas, para que não se ande todas as semanas a querer demitir um Ministro ou Secretário. É aí que tem que se falar de gestão e liderança. Como se impede a fuga do talento em Portugal? É espalhá-lo por todas as Instituições Públicas, mas sem precisarem mostrar o cartão partidário!
Anda hoje no ar uma pergunta sobre Trump! É saber se o Sistema Político Americano é capaz de resistir a este perfil de presidente, sobretudo quando se tem plenos poderes? Quer dizer, como poderão resistir os sistemas políticos a quem temporariamente os dirige mal? Será que essa liderança de curto prazo deve prevalecer sobre os Sistemas de Inteligência Coletiva das Instituições do Estado? Será que deve prevalecer a decisão que decorre de uma competição entre pessoas e não a dos interesses do país? A nossa tendência/tradição é depender demasiado da decisão do líder e não da inteligência livre e qualificada dessas Instituições do Estado. Por isso cada governo passa metade da legislatura a arrumar a casa e a outra metade a pensar nas próximas eleições!
Paira também uma outra ameaça! Apesar de todos os méritos da IA, poderemos vir a assistir á sua utilização, apenas para esconder incapacidades de gerir pessoas e equipas, por falta de competências de liderança dos políticos e seus nomeados. A verdade é que Liderança e IA complementam-se, não se opõe e ambas são necessárias!
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