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Escolas continuam com desigualdades no acesso a computadores 

A média de alunos por computador, no ano letivo 2022/23 fixou-se em 1,1, mas os dados mostram diferenças acentuadas entre os municípios no distrito de Viseu

 Escolas continuam com desigualdades no acesso a computadores
21.09.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Escolas continuam com desigualdades no acesso a computadores
21.09.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Escolas continuam com desigualdades no acesso a computadores

A média de alunos por computador, no ano letivo 2022/23 fixou-se em 1,1, mas os dados mostram diferenças acentuadas entre os municípios no distrito de Viseu. Enquanto algumas localidades garantem um bom acesso às ferramentas tecnológicas, outras continuam a enfrentar dificuldades no que diz respeito à disponibilidade de computadores e à ligação à internet

O estudo “Recursos Tecnológicos das Escolas”, elaborado pela Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), referente ao ano letivo de 2022/2023, revela uma disparidade significativa no acesso a computadores e à internet nas escolas públicas portuguesas. Com uma média nacional de 1,1 alunos por computador, os dados mostram variações notórias entre os municípios, com algumas regiões a oferecer melhores condições tecnológicas e outras a enfrentar maiores dificuldades.

A relação alunos por computador

A média de alunos por computador nas escolas públicas é de 1,1, de acordo com os dados mais recentes. No entanto, estes dados não são uniformes em todo o país, com municípios que apresentam condições bastante distintas.

Penedono destaca-se pela positiva, especialmente no 2.º ciclo, com uma média de 0,5 alunos por computador, o que indica uma elevada disponibilidade de equipamentos. Este é um dos melhores rácios a nível nacional, e pode refletir um bom nível de investimento tecnológico no município. Resende, Sátão e Tabuaço também apresentam bons indicadores, com uma média de 0,7 a 0,8 alunos por computador em quase todos os ciclos de ensino.

Por outro lado, São Pedro do Sul e Sernancelhe estão entre os municípios com os piores rácios. Em São Pedro do Sul, a média no ensino secundário é de 1,4 alunos por computador, e nos ciclos anteriores os valores também são elevados, chegando a 1,3 no 3.º ciclo. Sernancelhe enfrenta uma situação semelhante, com uma média de até 1,4 alunos por computador no 3.º ciclo, o que reflete uma menor disponibilidade de recursos tecnológicos.

Acesso a computadores com ligação à internet

A análise sobre os computadores com ligação à internet revela uma situação semelhante. Penedono, Resende e Sátão apresentam bons números, com uma média de 0,5 a 0,8 alunos por computador com internet, o que garante um acesso mais fácil e regular à rede por parte dos estudantes. Estes municípios mantêm-se entre os mais bem equipados do país, tanto em termos de número de computadores como da sua conectividade.

Em contraste, S. Pedro do Sul, Tabuaço e Viseu apresentam maiores desafios. Em S. Pedro do Sul, a relação de alunos por computador ligado à internet no ensino secundário é de 1,9, o valor mais alto entre os municípios analisados, o que reflete uma sobrecarga dos equipamentos disponíveis. Tabuaço também enfrenta limitações tecnológicas, especialmente nos ciclos mais avançados, onde a média chega a 1,8 alunos por computador com ligação à internet. Em Viseu, no ensino secundário, o valor corresponde a 1,4 alunos por computador com ligação à internet.

Parque Informático: quantidade de computadores disponíveis

O número total de computadores disponíveis por município também revela diferenças marcantes. Viseu, capital de distrito, possui o maior parque informático, com 10.759 computadores disponíveis nas suas escolas, o que se justifica pela maior dimensão do município e pelo número elevado de estabelecimentos de ensino. Tondela, com 2.740 computadores, e Lamego, com 2.300, também se destacam pela quantidade de dispositivos disponíveis.

Em contrapartida, Sernancelhe tem o parque informático mais reduzido, com apenas 241 computadores. Penedono, com 245 computadores, também apresenta uma disponibilidade limitada, apesar dos bons resultados em termos de rácio no 3.º ciclo.

Redução do número de computadores

Outro dado relevante é a diminuição do número de computadores em vários municípios nos últimos anos. Cinfães, por exemplo, tinha 2.025 computadores em 2020/2021, mas em 2022/2023 o número baixou para 1.893, refletindo uma perda de capacidade tecnológica. O mesmo ocorreu em Aguiar da Beira, que passou de 505 computadores em 2021/2022 para 456 no ano letivo 2022/2023. Esta tendência pode ser explicada pela necessidade de substituição de equipamentos obsoletos ou avariados, sem uma reposição suficiente ou atempada.

Desafios tecnológicos e medidas

Em março último, o Conselho de Ministros aprovou a aquisição de novos computadores, com o objetivo de substituir equipamentos avariados e garantir melhores condições para a realização de provas em formato digital. Contudo, apesar desta medida, a situação no terreno ainda é desigual.

De acordo com as declarações de Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), ao Público em julho deste ano, os números divulgados não refletem completamente a realidade das escolas públicas. Em maio de 2023, cerca de 13 mil alunos do 9.º ano ainda aguardavam a atribuição de kits digitais, essenciais para garantir o acesso às novas metodologias de ensino digital. “O compromisso do Governo anterior, e também deste, passava por atribuir a todos, repito todos, os alunos um kit digital”, afirmou Filinto Lima ao jornal Público, que sublinha a demora na concretização deste compromisso.

Os dados do estudo “Recursos Tecnológicos das Escolas” evidenciam a existência de disparidades consideráveis no acesso a computadores e à internet nas escolas públicas portuguesas. Municípios como Penedono e Resende estão bem equipados, e podem garantir boas condições de acesso a ferramentas digitais. Em contraste, S. Pedro do Sul e Sernancelhe enfrentam maiores dificuldades, com uma quantidade insuficiente de computadores e uma elevada pressão sobre os recursos tecnológicos disponíveis.

O esforço do Governo em adquirir novos equipamentos e implementar kits digitais ainda não foi suficiente para resolver todas as lacunas identificadas. À medida que a educação digital se torna cada vez mais comum, a desigualdade no acesso a recursos tecnológicos nas escolas públicas portuguesas continua a ser desafiante e importante superar.

Apesar dos investimentos recentes, a implementação de recursos digitais nas escolas ainda enfrenta desafios consideráveis, especialmente nas áreas mais desfavorecidas. A escassez de equipamentos, associada à sobrecarga dos poucos recursos disponíveis, prejudica a equidade no acesso às tecnologias educacionais, e coloca em desvantagem os alunos de municípios com menor capacidade tecnológica.

A crescente importância da educação digital exige uma resposta mais rápida e eficaz para garantir que todos os alunos possam usufruir de ferramentas tecnológicas de qualidade, independentemente da sua localização.

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