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Escolas de Viseu recebem parceiros de Espanha e Itália para estudar inclusão

Projeto A moRe IncluSive Education envolve organizações de três países numa troca de experiências no campo da educação inclusiva

Carolina Vicente
 Escolas de Viseu recebem parceiros de Espanha e Itália para estudar inclusão
24.01.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Escolas de Viseu recebem parceiros de Espanha e Itália para estudar inclusão
24.01.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Escolas de Viseu recebem parceiros de Espanha e Itália para estudar inclusão

O Agrupamento de Escolas Grão Vasco e a Associação Grão Vasco, localizados em Viseu, estão neste momento envolvidos num projeto europeu de pequena escala que visa promover a inclusão social e educacional de pessoas com necessidades especiais. O projeto envolve várias organizações de Portugal, Itália e Espanha e foca-se na troca de boas práticas e na partilha de experiências no campo da educação inclusiva.

A instituição de ensino de Viseu acolhe desde o dia 22 de janeiro as entidades europeias parceiras do projeto A moRe IncluSive Education (ARISE), que quer melhorar a inclusão social de alunos com necessidades específicas em contexto educativo.

No programa da comitiva do ARISE estão inseridas visitas a escolas, entre elas a da Ribeira. O Jornal do Centro teve a possibilidade de acompanhar a visita à Escola da Ribeira e falou com as entidades envolvidas, entre elas o Agrupamento e a Associação Grão Vasco, a Associação Limeup, de Itália, também de Itália a Fondazione per la Coesione Sociale, e por fim com a Federación Down Galicia, de Espanha.

A partilha de experiências entre países

A presidente da Associação Grão Vasco, Paula Fong, começou por explicar que a associação foi criada em 2015 com o objetivo de apoiar a comunidade educativa do Agrupamento de Escolas Grão Vasco e promover atividades e projetos nas áreas social, artística, cultural e desportiva. “O nosso interesse em participar nestes projetos europeus é, por um lado, divulgar as nossas boas práticas, e ao mesmo tempo podermos ter conhecimento e contacto com realidades diferentes, igualmente boas práticas, e aprender uns com os outros”, afirmou.

A colaboração entre estas entidades surgiu a partir de uma série de projetos menores em que a Limeup, uma organização italiana de consultoria para projetos europeus, tem cooperado com a Fondazione per la Coesione Sociale. “A Limeup e a Fondazione per la Coesione Sociale estão no mesmo território, então tivemos a oportunidade, durante os anos, de cooperar em projetos menores. Finalmente decidimos entrar com um projeto Erasmus+ de pequena escala”, disse Fábio Saccomani, da Limeup.

Este é o primeiro envolvimento da Federación Down Galicia e da Fondazione per la Coesione Sociale num projeto desta envergadura, sendo que o principal objetivo destes projetos de pequena escala é permitir que organizações que ainda não estiveram envolvidas em projetos europeus possam dar os primeiros passos nesse sentido. “O objetivo destes projetos pequenos é dar oportunidade à organização de entrar no projeto europeu. A Fondazione per la Coesione Sociale e a Federación Down Galicia nunca tiveram projetos europeus, e através deste projeto eles entraram na projetação europeia”, explicou Fábio Saccomani.

O campo da educação inclusiva

A visita às escolas foi uma das principais atividades durante a fase de troca de experiências do projeto. Elena Salamino, da Fondazione per la Coesione Sociale, destacou que a oportunidade de visitar várias escolas e conhecer diferentes práticas tem sido enriquecedora. “É muito bom trocar pontos de vista e também aprender mais sobre cada situação, cada país”, afirmou. A Escola da Ribeira foi uma das visitas que permitiu aos participantes do projeto observar como a educação inclusiva está a ser implementada em Portugal.

A inclusão na educação é o tema para todos os envolvidos no projeto. Paula Fong destacou que, em Portugal, as crianças com necessidades especiais aprendem todas na mesma escola e são felizes nesse ambiente. “É interessante verificar que, realmente, as três realidades de Educação Especial nestes três países são bastante diferentes. Acho que posso dizer que Portugal está um bocadinho à frente, um passo ou dois”, comentou. No entanto, embora as realidades educacionais variem entre os países, as preocupações e as necessidades comuns são notórias. “Continua a haver uma grande falta de recursos humanos, falta de formação, alguma dificuldade na articulação entre as famílias e as escolas, e também bastantes preocupações relativamente às oportunidades que os jovens com necessidades específicas têm depois da escolaridade obrigatória”, sublinhou a presidente da Associação Grão Vasco.

A Federação Down Galicia representa pessoas com Síndrome de Down e outras deficiências intelectuais e mostrou preocupação com a legislação espanhola que prevê o encerramento dos Centros de Educação Especial até 2031. Alba Iglesias, da Federação, afirmou: “A legislação atual diz que para 2031 devem estar encerrados os Centros de Educação Especial, mas é impossível porque é dentro de 6 anos e não se fez nada até agora”. A questão da formação de professores também foi levantada como um desafio em vários países. Alba explicou que, em Espanha, embora existam docentes especializados, muitos estão a trabalhar em centros de educação especial em vez de serem contratados para as escolas regulares, onde poderiam apoiar mais diretamente os alunos com necessidades específicas.

O responsável italiano Fábio Saccomani, por sua vez, destacou um dos principais desafios enfrentados pela Itália: a implementação de leis e regras devido à falta de orçamento e cortes do governo. “Talvez o maior problema na Itália seja nós termos um bom conjunto de leis e regras, mas termos dificuldades em implementá-las por causa da falta de orçamentos”, afirmou.

Um trabalho colaborativo entre diferentes países

O diretor do Agrupamento de Escolas Grão Vasco, Luís Nóbrega, no final da visita, explicou à jornalista que este projeto é, essencialmente, uma troca de experiências. “O que se pretende é perceber como é que nós podemos incluir nos diferentes sistemas educativos alunos que podem ter características completamente distintas. Não estamos só a falar em características que vêm de problemas de saúde, tem também a ver com aspetos culturais e outros”.

A troca de boas práticas é o foco neste projeto, mas Luís Nóbrega sublinha que há diferenças significativas entre os países. “As realidades são completamente distintas. Basta só pensarmos que em Espanha ainda existem instituições só para educação especial e em Portugal já não existe. A integração está diferente, a inclusão está diferente. É o trocar de impressões, partilhar e tirar o melhor que cada um faz e tentar fazer melhor no local onde está”.

Segundo o diretor, este é o segundo ano do projeto e “tudo aponta para que se prolongue. Vai depender do financiamento, mas a ideia é colocar à disposição da comunidade dos três países aquilo que são as visões destes encontros que vamos tendo”.

Manuais e mapas de inclusão espalham a mensagem 

Ao longo do projeto, as organizações envolvidas têm o objetivo de criar materiais que possam ser utilizados por outros profissionais da educação, e não só. Paula Fong mencionou o objetivo de criar um manual de boas práticas que será útil para professores e profissionais em geral, permitindo a partilha de soluções e estratégias entre diferentes contextos. “O objetivo é colecionar algumas práticas para escrever um manual de boas práticas, que será útil para os professores e profissionais em geral para ver o que outras pessoas em outros países fazem em situações semelhantes”, disse.

Outro produto do projeto será um mapa de inclusão que pretende guiar as políticas públicas em direção à inclusão. Elena Salamino, responsável pela Fondazione per la Coesione Sociale, explicou: “Outro produto, para além desse manual de boas práticas, é um mapa de inclusão. Um mapa de inclusão que gostaríamos de oferecer às autoridades públicas, para guiar as suas políticas em direção à inclusão”.

O projeto continua a decorrer e visa reunir pessoas de diferentes países europeus para partilhar experiências e promover a inclusão social e educativa de pessoas com deficiência. Como afirmou Fábio Saccomani, o objetivo final é criar um encontro internacional presencial para discutir a inclusão em profundidade. “O objetivo é realizar algo onde podemos realmente encontrar pessoas e deixar as pessoas se cruzarem no seu caminho. Também porque para pessoas com deficiência, é melhor estar em presença do que online, que é uma barreira”, concluiu.

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