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Uma conversa sobre a censura de livros da temática Queer realiza-se este domingo, 2 de fevereiro, pelas 16h00, na sede distrital do Bloco de Esquerda de Viseu. O evento é intitulado de “O Livro é Uma Arma” e conta com a participação de Ana Rita Almeida, Daniel Morais, Ismael Sousa e Lou Loução.
A conversa integra-se num ciclo de sessões que estão a decorrer em várias localidades do país, antecedendo o II Fórum LGBTQI+, agendado para 1 e 2 de março em Coimbra. Este Fórum é organizado pelo Bloco de Esquerda e pelo THE LEFT e reúne ativistas sob o lema “O orgulho contra o conservadorismo”.
Ana Rita Almeida é autora do livro “Mamã, Quero Ser um Menino!” e ativista do Coletivo Joe, tendo estado envolvida na organização da primeira Marcha Pelos Direitos LGBT em Castelo Branco. Daniel Morais é doutorando em Estudos Feministas na Universidade de Coimbra e desenvolve investigação sobre feminismos trans excludentes e autenticidade de género em Portugal. Ismael Sousa esteve ligado à organização de eventos como os Prémios Arco-Íris e o Arraial Lisboa Pride, tendo também experiência na área do teatro. Lou Loução trabalha como fotógrafa, realizadora e curadora free-lancer, e aborda questões Queer, raciais, políticas e climáticas através do seu trabalho artístico.
O evento decorre na Rua das Ameias, em Viseu, e é aberto à participação do público.
Ana Rita Almeida é autora do livro “Mamã, Quero Ser um Menino!”, obra que tem causado polémica e cujas apresentações têm sido invadidas pela associação Habeas Corpus. O livro conta a história de uma menina que “não se enquadra no que a sociedade impõe que é uma menina: feminina e que gosta de brincar com bonecas”.
Fala de uma menina que gosta de brincar com carrinhos, jogar à bola, andar de calções, “o que chamaríamos há uns anos atrás a típica ‘maria rapaz'”. O livro apresenta as inseguranças que a menina desabafa junto da sua mãe, “dizendo que no fundo quer ser um menino” e recebendo da mãe uma mensagem de conforto e aceitação.
“Estamos perante uma questão de identidade de género, mas na forma como a história está escrita, o leitor tem a liberdade de interpretar o lado da história que lhe for mais confortável”, concluiu.