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Eu pecador me confesso: “ Desfado”

 Eu pecador me confesso: “ Desfado”
14.05.21
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Não, não vamos cantar a bonita canção da Ana Moura “ Desfado” mas aproveitar a substância da sua mensagem contida no título e recordar, ao mesmo tempo, uma outra também da mesma artista “Um Bico de Obra” que canta a situação económica e social em que o País está mergulhado. Ambas apontam caminhos novos a percorrer neste tristonho Portugal pandémico para esquecermos os tristes episódios televisivos: Odemira, Galambas, Cabritas, Salgados, Tancos, Montijo, TAPS, Limas, Varas, Groundforce, Yhor Homeniuk, venda de barragens ao preço da chuva e tantos outros.

Todas estas trapalhadas nos vão colocando internacionalmente na mira dos que tudo aproveitam para dar uma má imagem de um Portugal com quase dois mil de anos de História, reforçando a ideia de que é tempo de mudar.

Não é mais possível que este povo continue a assistir ao descalabro que se verifica na banca, com o Novo Banco à cabeça a propor milhões de euros de prémios à sua administração, quando há devedores de milhões a postergar para a miséria física e mental tantos portugueses.

Por que esperam os comandos políticos para tomar posições e não continuarem a navegar na demagogia, alguma mesmo de qualidade inferior?

Será que apenas a dita bazuca criará as condições para que os nossos cidadãos possam conhecer melhores dias? É preciso recuperar psicológica e moralmente os que sofrem, muitos em silêncio com medo de perderem o pouco que ainda possuem.

Aproximam-se tempos de “Desfado”, de mudança com a esperança de que possamos fazer tudo aquilo com que sonhámos: liberdade com igualdade de oportunidades e melhor nível de vida para todos.

Este não é o País com que sonhei. Temos de construir outro para que nossos descendentes se possam orgulhar. Este não é o País que, como canta a artista Ana Moura, sempre que nos levantamos tenhamos que pensar que resistir ao dia a dia constituirá verdadeiramente “Um Bico de Obras. Acordai portugueses.

 Eu pecador me confesso: “ Desfado”

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