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A falta de professores está a levar à contratação de docentes não profissionalizados. A denúncia é da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) que avança que em Viseu, na Escola Secundária de Viriato, poderá ser contratado um profissional nestas condições.
“O distrito de Viseu não é dos mais afetados [pela falta de professores], ainda assim temos notícias de que na Viriato vai ter que ser contratado um professor, ou mais, para Matemática não profissionalizado. Tem uma licenciatura, mas não tem habilitação profissional, não é professor”, disse aos jornalistas Francisco Almeida, porta-voz da Fenprof.
Segundo o sindicalista, esta é uma realidade que pode acontecer em outras escolas e que há muito não se via. “Nos anos 80, havia centenas e centenas desses professores no distrito de Viseu. O ano letivo começava e faltavam seis ou sete professores em Penedono, Sernancelhe, Tabuaço, nas localidades mais afetadas dos centros urbanos. Mas, imaginava-se que no século XXI isso já não acontecesse”, lamenta.
A falta de professores é a grande preocupação neste começo de ano letivo e Francisco Almeida garante que, se nada for feito, “a tendência é para se agravar”.
Esta segunda-feira (11 de setembro), a Fenprof assinalou o arranque do novo ano letivo com a colocação de pendões, onde podia ler-se: “Faltam professores. É urgente valorizar a profissão. Pela escola pública. A Luta continua”.
Para o próximo mês de outubro estão pensadas mais formas de luta. No dia 2 arranca em Viseu, na Avenida Europa, uma campanha que vai colocar cartazes nas principais autoestradas do país. No dia 4 acontece o plenário de professores em frente a residência oficial do Primeiro Ministro, no dia seguinte uma conferência internacional sobre o Dia Internacional do Professor e no dia 6 de outubro acontece a greve nacional de professores.
Durante esta primeira semana de aulas, apela-se aos professores que aprovem moções e outras formas de luta.