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A Viseu Marca, empresa que organiza a Feira de São Mateus, quer saber o que causou a avaria num divertimento que obrigou a que sete pessoas, com idades entre os 11 e os 42 anos, fossem resgatadas de uma altura de cerca de 30 metros. Esta quinta-feira (10 de agosto), primeiro dia do certame, o conhecido carrossel “Monster” parou, poucos minutos antes da cerimónia de abertura.
“Vamos abrir um processo de averiguações para saber o que aconteceu e o que esteve na origem da avaria e agir em conformidade com as conclusões que forem retiradas pelas entidades competentes”, disse aos jornalistas o presidente da Viseu Marca, Pedro Alves, garantindo que irão “fazer tudo para que se perceba a real razão da avaria”.
O responsável explicou que vão “perceber junto das entidades que licenciaram o equipamento que condições é que têm para fazer essa inspeção”. “É junto do Ministério da Economia que este processo decorre e também junto do próprio fabricante que opera estes equipamentos”, disse.
Pedro Alves sublinhou ainda que “aquando da inscrição destes operadores” foram recebidas “todas as licenças adequadas ao seu funcionamento”. “Estes equipamentos têm que obedecer a um conjunto de regras e vistorias, que são efetuadas junto de entidades competentes. Penso que se deve ter tratado de uma avaria que, por infelicidade, aconteceu na Feira de São Mateus. Não aconteceu em nenhum outro momento e aconteceu aqui”, frisou.
Questionado se esta situação pode causar insegurança aos visitantes da Feira de São Mateus, o responsável “acredita que não”, “até porque depois de ter sido montado um perímetro de segurança a feira continuou a funcionar, as pessoas perceberam que havia condições para que a feira decorresse dentro da normalidade”.
Devido aos trabalhos de resgate e para garantir um perímetro de segurança, apenas os divertimentos que se encontravam mais próximos do equipamento avariado estiveram sem laborar, todos os outros funcionaram sem qualquer constrangimento e com grandes filas para entrada.
Pedro Alves comentou ainda o facto de terem sido lançados foguetes enquanto decorriam os trabalhos de resgate justificando que “havia segurança nos procedimentos” e que as pessoas envolvidas no incidente não
“Independentemente de tudo, tivemos a noção do que estava a acontecer e que havia segurança nos procedimentos. Da conversa que fomos mantendo com as pessoas que saíram do equipamento não houve nenhum sentimento contrário”, esclareceu.
Trabalhos de resgate demorados mas eficazes
O alerta para as equipas de socorre foi dado às 21h15 e, assim que as condições de segurança estavam reunidas, começaram a ser feitos os trabalhos de resgate. Uma operação morosa mas feita “com sucesso”, como destacou o comandante em suplência dos Bombeiros Sapadores de Viseu, Rui Nogueira.
Além dos bombeiros, também o técnico do equipamento foi um elemento importante na retirada dos ocupantes, com Rui Nogueira a destacar mesmo “a forma altruísta com que o técnico se juntou aos bombeiros”.
“Conseguimos fazer uma parelha entre um profissional de resgate e um profissional técnico do equipamento, juntámos os conhecimentos necessários para que concluíssemos a operação com sucesso”, disse.
Outro dos pontos “determinantes para o sucesso da operação” foi a calma que as vítimas acabaram por ter, apesar de estarem a 30 metros do solo. “É de facilitar a capacidade técnica, operacional e a facilidade com que estes operacionais conseguiram transmitir a tranquilidade necessária às pessoas que estavam presas, de forma a tornar estas pessoas colaborantes na operação”, frisou.
Já quando às dificuldades num trabalho de resgate com estas características, Rui Nogueira explicou que foi preciso ter em conta “o trabalho em altura, variáveis como vento e a gestão das emoções da pessoa que está presa”, lembrando que são tudo procedimentos inerentes ao trabalho de um bombeiro.
O comandante reforçou ainda que a Feira de São Mateus tem um plano de segurança. “Esse plano foi testado durante a tarde. Todos os anos é validado o plano antes da feira começar como aconteceu nesta edição. Por acaso, no dia não exercitamos este tipo de sinistro, mas em outras edições fizemos”, disse.
Para Rui Nogueira, “esta operação veio demonstrar que a dimensão do dispositivo é adequado às necessidades da feira, sempre na expectativa que não seja necessário, mas quando é esteve capaz de resolver”, finalizou.