No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Há uma ideia que os professores não estão atualizados, que é tempo de renovar a pedagogia, que com esta educação não se formarão os talentos do futuro. Estas mensagens tem uma finalidade, que o Sistema Escolar mergulhe fundo na via digital. São argumentos que convencem muita gente, sobretudo a classe política e os governos, porque a ideia vem acompanhada da redução dos “custos” no ensino. Uma boa parte da comunidade científica, em quem confio, não tem a mesma opinião. Vão dizendo que este tipo de “estereótipos geracionais” e dos “nativos digitais” não passam de um “mito urbano”. Para perceber os argumentos deste lado da ciência, vale a pena ler o livro “A Fábrica de Cretinos Digitais” de Michel Desmurget, um neurocientista que foi fundo nesta investigação. Só a bibliografia do livro que sustenta as suas teses tem 67 páginas.
Alguns números são inquietantes! Os jovens entre os 13/18 anos estão expostos diariamente aos vários ecrãs 6h 45m. No 1º ciclo correspondem ao mesmo número de aulas/ano, sobe no 2º e no 3º já é 1 ano e meio. Isto não melhora as suas aptidões, mas pesa negativamente na saúde e no comportamento. Estes “nativos digitais” serão a primeira geração a ter um QI inferior aos seus pais. Quer dizer que o Ser Humano está a regredir em termos cognitivos e nas capacidades intelectuais. Um estudo de Stanford diz que esses jovens têm dificuldade em processar, organizar, avaliar e sintetizar grandes quantidades de informação e que é “desoladora” a sua capacidade para refletir acerca da informação. Nada disto é inevitável e o digital também significa progresso! Mas como todos os negócios precisa ser regulado, porque os impactos negativos dependem da utilização, tempo de exposição e de quem o consome.
É verdade que são os “pré-digitais” os grandes criadores destas ferramentas e ambientes. Mas em Silicon Valley já soam os alertas dos impactos negativos sobre os jovens. O New York Times tornou público que esses criadores já inscrevem os seus filhos em escolas privadas e caras, mas onde não existem ecrãs. Perceberam os efeitos sobre si próprios e não querem que isso aconteça aos filhos. Temos assim um lado que massifica o Digital e a Ciência que nos alerta para os perigos potenciais. A OCDE através do PISA, que estuda as performances dos alunos em vários países diz através do diretor do programa: “dir-se-á que piora as coisas”. Portugal corre um risco histórico ao alinhar em modas mal comprovadas…
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
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