No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
por
Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
As férias são uma inovação mais ou menos recente e provavelmente das melhores que o homem já concebeu. É um direito a temos tempo para nós, família e amigos, sem estarmos submetidos à ditadura das horas, dos trajes. Com a pandemia, várias são as limitações sanitárias impostas. Temos de ser responsáveis mas desfrutar em segurança das férias.
Podemos considerá-las uma liberdade plena, apesar de não podemos desfrutar delas integralmente.
Os trabalhadores dos países mais desenvolvidos da Europa são os que usufruem de um período maior de férias. Não é por acaso. Podemos enfatizar que o número de dias de férias é um barómetro para avaliar a satisfação das pessoas. As férias permitem a mobilidade dos cidadãos por diferentes realidades, quer seja no próprio país ou no estrangeiro.
Em férias, as rotinas quotidianas são alteradas, permitindo-nos um enriquecimento sociocultural que não é possível através da TV ou da internet – tão usuais nos dias de hoje. É neste período do ano que os problemas do dia-a-dia são relativizados e o sono é mais tranquilo e retemperador. O período das férias pode proporcionar-nos momentos de reflexão em relação a nós mesmo e aos que nos rodeiam, o que pode conduzir à criação de novas perspetivas e de decisões mais assertivas.
Muitas pessoas não conseguem viver as férias, ou seja, onde quer que estejam não conseguem desligar e relaxar e mantêm-se constantemente ocupadas. Inventam desculpas para essa sua atitude com a de “ter muito que fazer” ou não serem as férias de sonho. Na realidade, o que não conseguem é estar consigo próprias e muitas vezes a sua baixa autoestima e as suas frustrações são compensadas através desse sentimento anti férias. Os tempos que vivemos têm de ser mesmo de deitarmos para fora toda a angústia e ansiedade que esta pandemia nos tem imposto.
A correria da vida atual e o «bombardeamento» de informação a que somos sujeitos todos os dias, não nos dão tempo para ler, pensar ou refletir. Atividades estas que todos precisamos de praticar, porque são intrínsecas ao Ser Humano, já que o diferencia dos outros animais. O que assistimos todos os dias é triste demais e quem nos (des)governa vive bem com isso! Quanto menos lermos, pensarmos e refletirmos, mais os poderes instalados nos manipulam.
Viver tantos meses em redes sociais enfadonhas, assistir a debates de comentadores de cartilha, levam-nos para situações de angústia, tristeza e injustiça como as que vivemos em Portugal nos tempos que correm. Durante o ano as redes sociais (facebook, instagram, etc) estão cheias de fotos e vídeos de pessoas estupidamente felizes. Para quem não o é e tem uma vida “normal” e não precisa de aprovação de likes e de exposições de uma realidade que não é totalmente verdadeira, as férias são sempre um momento de desligar da rede.
As dificuldades económicas não ajudam a desfrutar das férias desejadas e merecidas, mas a solução passa por não criarmos grandes ilusões e tirar o melhor partido possível das que podemos ter. As férias devem fazer-nos sentir bem mas temos de estar disponíveis para tal. As férias são momentos de partilha, convívio e namoro, em que o tempo não se contabiliza e só o sol com a sua vitamina D nos importa.
Nas férias podemos recriar-nos e perceber melhor a nossa posição na sociedade, uma vez que saímos da monotonia e do embrutecimento. Daí a sua importância.
Goze bem as suas férias e aproveite para ler bons livros e assistir a bons espetáculos.
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
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Vitor Santos