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Inaugurou recentemente a sua sede de campanha e chamou-lhe sede itinerante. Falta de dinheiro ou vontade de estar junto dos eleitores?
É as duas coisas. Nós fizemos a opção local, junto do Partido nacional, de não aceitar a subvenção do Estado. É realmente falta de recursos mas é, sobretudo, de poder estar mais junto das pessoas. Ir à feira do Pedrão, à Pedra Cavaleira, à feira da semanal, ir aos mais diversos locais dos concelhos aproximando o Iniciativa Liberal das pessoas.

Porque decidiu candidatar-se e porquê o Iniciativa Liberal, conhecendo-se a sua proximidade ao CDS pelo qual foi, até, eleito?
Já fiz esse percurso. Sempre participei politicamente na cidade. Até durante algum tempo fui mais oposição que a própria oposição. Achei que era o momento de sair do sofá e ter uma participação mais ativa. Com o CDS foi aparecendo algum desencanto e apareceu o Iniciativa Liberal no espectro nacional e eu próprio fui a génese do Partido aqui.

Muitos dizem que se esconde nas redes sociais para criticar. Agora como candidato o que quer fazer diferente?
Quero marcar a diferença pela positiva e acho que o temos feito. Nesta campanha temos feito a diferença. Começámos logo a apresentar um programa, coisa que outros partidos com mais recursos ainda não fizeram. Depois apresentámos a equipa. Sem meios e como um partido de terceira divisão como já alguém classificou acabamos por andar sempre à frente. Esperemos que isto seja o princípio dos tomba gigantes.

Mas logo ao início houve um percalço, uma vez que a candidata que tinha apresentado à Assembleia Municipal teve de desistir depois de comentários em redes sociais…
Eu próprio fui alvo de uma série de críticas. Houve aqui uns trolls que resolveram escrutinar nas redes sociais afirmações que as pessoas às vezes fazem… eu próprio fiz algumas que podem ser classificadas um pouco de exageradas mas também não sou nenhum puritanista. Relativamente à Bernadette (a candidata apresentada) ela teve uma expressão descontextualizada em relação a Salazar e daí colarem-na a fascista foi um instante nas redes sociais.

Diz que não é puritanista e quando o acusam de populista?
Em algumas circunstâncias posso cair nesse rótulo. Arrisco-me a isso. O que que quero apresentar aos viseenses é uma receita nova de fazer, de estar na política.

É mais fácil fazer política nas redes sociais?
Vamos ter muita atividade nas redes sociais, mas muita atividade também na rua. Uma das ações é o “Café Com…” onde vamos estar nas várias freguesias em contacto com as pessoas que podem colocar questões. Outras actividades incluem o Dão Liberal e um arraial a 21 de setembro. Vamos estar junto das pessoas e não só nas redes sociais porque nas redes sociais eu já estou à frente dos outros candidatos todos. Mas não é aí que se ganham os votos, é no coração dos viseenses.

Que proposta o candidato Fernando Figueiredo tem para Viseu?
Temos um programa de 100 ideias assentes em cinco pilares. Vamos insistir muito na questão da redução de impostos e taxas municipais por forma a libertar o bolso dos contribuintes viseenses.

O que falta ao município? Tem sido muito crítico quer a quem está no executivo, quer à própria oposição.
Nós queremos virar a cidade para o rio. Temos apresentado algumas ideias dentro daquilo que é a cidade-jardim e que a autarquia, e bem, replica. Apresentámos a ideia de florir as janelas e a autarquia veio acompanhar. Queremos um concelho mais favorecido do ponto de vista económico porque assim teremos um tecido social melhor.

Está a deixar uma aproximação entre a autarquia que vencer e o Iniciativa Liberal?
Isso os viseenses é que vão decidir. Se decidirem nesse sentido estamos disponíveis para nos sentarmos e discutirmos. Para o liberalismo, a social-democracia não e o adversário. O adversário é o socialismo.

Coligação com PSD sim?
Analisaremos as circunstância e se forem favoráveis para os viseenses naturalmente que ponderaremos nesse sentido.

Acredita que vai ser eleito vereador?
É difícil, mas não estou a deitar a toalha ao chão e espero que me deixem pôr o pé na porta. Eu não vou pedir o voto aos viseenses, se eles quiserem que me dêem essa confiança. Farei de tudo para merecer essa confiança ao longo de quatro anos. O Iniciativa Liberal não entra no jogo de ir às capelinhas e pedir votem em mim. Mas o Iniciativa Liberal é um partido novo e ainda sem implementação territorial.

E na Assembleia Municipal? Apostou em alguém jovem, mesmo na política com essa intenção?
Sim, os viseenses querem que outras alternativas se apresentem à discussão para terem um outro espectro de análise.

À frente de outros partidos como por exemplo Chega, PAN ou Bloco?
Não quero desvalorizar outros partidos porque também têm as suas dificuldades. Mas, neste momento, olhando para aquilo que são as campanhas acho que há aqui claramente os partidos históricos, o Iniciativa Liberal e o resto.

Voltando ao concelho. O que falta em Viseu?
Viseu tem ficado ao abandono daquilo que é o poder central. Ainda hoje andamos a discutir o IP3, o centro oncológico e o comboio… já agora deixo aqui que a minha única promessa é que Viseu terá um comboio turístico… tudo isto tem feito com que o concelho esteja ao abandono e tudo o que tem sido feito e conseguido é pelo esforço dos empresários e pelos habitantes e assim é difícil de lutar. É preciso que o governo central nos coloque ao nível do litoral para que depois os viseenses possam mostrar as suas capacidades.

O que conhece dos seus adversários?
São bons, de valor. Fernando Ruas tem créditos firmados. João Azevedo é afável e bom candidato.

E os outros?
Depois há o resto.

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