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O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, defendeu esta quarta-feira (3 de julho) que é preciso “deitar mão à obra” na questão do corredor ferroviário atlântico, adiantando que “não se pode andar com um processo desta natureza e depois não se passar nada”.
“Aos documentos que levaram horas de trabalho, de análise, de preparação, tem de se seguir a obra. Acho que já não precisamos de mais nada para decidir”, afirmou em Aveiro durante um encontro de autarcas portugueses e espanhóis que abordou a questão da ferrovia.
No encontro esteve também a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) que apelou a uma maior celeridade na elaboração dos projetos do Corredor Atlântico, uma reivindicação antiga das regiões do Centro (Portugal) e de Castela e Leão (Espanha).
“Existe uma intenção inscrita em todos os planos possíveis e imaginários, mas nós queremos que se passe do plano para a realização prática. Portanto, acelerar a realização de projetos, para depois termos efetivamente obra”, disse Isabel Damasceno.
No Porto de Aveiro, foi assinada uma declaração conjunta entre as regiões do Centro de Portugal e de Castela e Leão, em defesa do Corredor Atlântico. Para a presidente da CCDRC, esta declaração conjunta “vem reforçar esta reivindicação antiga e justa que estas duas regiões têm” e que constitui um “meio de desenvolvimento”.
“Não há dúvida nenhuma de que as discussões que tiveram hoje lugar vêm confirmar que isto é uma infraestrutura absolutamente essencial para o desenvolvimento das duas regiões, no aspeto económico, social, da competitividade, da investigação”, afirmou.
Na declaração conjunta, os presidentes das duas regiões comprometem-se a instar os Governos de Portugal e de Espanha a promover o transporte ferroviário no Corredor Atlântico, destacando a importância estratégica desta ligação para contribuir para o desenvolvimento económico, social e ambiental destas regiões.
O documento prevê ainda que as estratégias logísticas do Centro de Portugal e de Castela e Leão tenham em conta o impacto do desenvolvimento do Corredor Atlântico nas duas regiões, promovendo a assinatura de novos acordos entre plataformas logísticas e portos e acordos entre empresas de transporte e carregadores.
A declaração conjunta foi assinada no final do VI Conselho Plenário da Comunidade de Trabalho Transfronteiriça da Centro de Portugal – Castela e Leão (CENCYL), que decorreu hoje no Porto de Aveiro, contando com a presença do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias.
O Corredor Atlântico foi a principal temática do encontro, tendo presente a importância geoestratégica deste eixo para as duas regiões e a discussão em curso sobre estas matérias quer em Portugal, quer em Espanha, quer ao nível europeu.
Segundo a CCDRC, este corredor “tem uma importância fulcral no acesso de Portugal à Europa por via terrestre, nomeadamente no transporte de mercadorias, mas também de pessoas”.
“As regiões Centro e Castela e Leão têm vindo a trabalhar em conjunto no sentido de valorizar economicamente o que consideram um ativo comum fundamental, que liga as duas regiões, desde os portos de Aveiro e da Figueira da Foz até à fronteira franco-espanhola (Irún)”, refere a CCDRC.
Os autarcas já se reuniram em Viseu, em fevereiro deste ano, onde exortaram os governos de Portugal e Espanha a impulsionarem o transporte ferroviário do Corredor Atlântico no troço ibérico (Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca) e a sua ligação com Madrid “facilitar uma mobilidade eficiente de passageiros e mercadorias por transporte ferroviário entre Espanha e Portugal”.
Na Autarcas de Portugal e Espanha em Viseu para pedir que governos avancem com corredor ferroviário, os presidentes de câmara pediram ainda que fosse garantida “a implementação de comboios de alta velocidade nesta conexão ferroviária que permita o desenvolvimento económico regional e gere oportunidades para novas iniciativas empresariais que favoreçam umas perspetivas de futuro renovadas para atrair e fixar população”.
Os autarcas e responsáveis das instituições dos dois lados da fronteira afirmaram ainda que “avançar neste projeto decisivo beneficiará não apenas as nossas empresas, mas também o desenvolvimento sustentável e a prosperidade dos nossos territórios”.
Em janeiro, a cidade espanhola de Salamanca recebeu um encontro semelhante a propósito do Corredor Atlântico.