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Festa das Cruzes do Guardão em Tondela classificada património imaterial

Evento secular entrou no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Decisão foi publicada esta quinta-feira em Diário da República

 Festa das Cruzes do Guardão em Tondela classificada património imaterial
09.01.25
Jornal do Centro
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09.01.25
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 Festa das Cruzes do Guardão em Tondela classificada património imaterial

O Património Cultural – Instituto Público aprovou a inscrição da Festa das Cruzes do Guardão no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, na sequência de um processo iniciado pela Câmara de Tondela em maio de 2023.

Para a presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges, a decisão publicada esta quinta-feira (9 de janeiro) em Diário da República “é um reconhecimento justíssimo e muito relevante não só para esta manifestação religiosa e cultural secular, como também para o concelho”.

“Com este reconhecimento, este evento deixa de ser do Guardão e do Caramulo e passa a ser português e isso é muito importante porque, a partir de agora, há também aqui uma responsabilidade nacional relativamente a este bem”, frisou.

O executivo da Câmara de Tondela acredita que a decisão hoje conhecida vai “ajudar a salvaguardar, a valorizar e a promover ainda mais este evento que se realiza há mais de 300 anos no Guardão”.

O anúncio do Diário da República destaca “a importância de que se reveste esta manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da identidade da comunidade envolvente e a sua profundidade histórica e evidente relação com outras práticas inerentes à comunidade”.

Carla Antunes Borges considerou que esta inscrição também demonstra que Tondela é um concelho preocupado com os valores humanistas.

“A partir de um ritual, de uma festa religiosa, continuamos desde tempos imemoriais a trabalhar valores da humanidade, como a solidariedade e fraternidade, que estão presentes nesta tradição. Isto é extremamente importante nos dias de hoje, uma vez que estes são valores cada vez mais ausentes”, sublinhou.

Segundo a autarquia, a Festa das Cruzes é “a mais antiga manifestação religiosa do concelho de Tondela”.

Anualmente, os habitantes de Castelões, Santiago de Besteiros e Campo de Besteiros sobem à serra e juntam-se aos do Guardão, para cumprirem “a promessa antiga” de agradecimento à Nossa Senhora dos Milagres pela sua ajuda na expulsão dos mouros.

Na festa utilizam-se cruzes, engalanadas com grinaldas, motivos vegetais, como flores ou frutos e legumes da época, metais preciosos, como ouro, e pérolas, ladeadas por lanternas.

Os fiéis das três freguesias percorrem o mesmo itinerário ancestral, da Capela de São Bartolomeu até ao Guardão, ao som de ladainhas, para o abraço das suas cruzes com as da freguesia anfitriã, sob uma chuva de pétalas de flores.

A singularidade desta manifestação reside no momento em que as cruzes se tocam, duas a duas, repetindo o abraço do povo aquando da expulsão dos mouros.

A cerimónia acontece no marco do encontro, um local na calçada já gasta pela repetição desta tradição ao longo dos séculos.

Após o abraço, acontece uma eucaristia, que culmina com uma bênção dos campos e um grande desfile em que participam as cruzes das quatro paróquias e largas centenas de romeiros oriundos das localidades envolvidas no ritual, mas também dos mais recônditos recantos serranos e de outras terras da região.

A Festa das Cruzes realizava-se tradicionalmente na quinta-feira de Ascensão (40 dias depois da Páscoa), tendo passado em 2022 a acontecer no sábado seguinte para que mais pessoas pudessem participar no evento religioso.

A Câmara de Tondela submeteu também um pedido de inscrição do processo de produção do Barro Negro de Molelos no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, cuja candidatura deverá entrar em breve em consulta pública.

“O município encontra-se ainda a preparar a apresentação da candidatura das construções de pedra seca do Caramulo ao património imaterial nacional. Este trabalho está já em fase de conclusão”, referiu, acrescentando que convidou os municípios de Oliveira de Frades, Vouzela e Águeda (que também integram a Serra do Caramulo) a juntarem-se ao projeto.

O objetivo é o de que as construções de pedra seca do Caramulo integrem a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.

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