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Festival que liga Lamego ao Japão propõe concursos literários, cinema japonês, workshops e exposições

Festival "Japão.Torna-Viagem" acontece no âmbito da participação de Portugal na Expo Osaka 2025, no Japão, e tem o Museu de Lamego como local local central

Diogo Paredes
 Festival que liga Lamego ao Japão propõe concursos literários, cinema japonês, workshops e exposições - Jornal do Centro
20.04.25
diogo.paredes@jornaldocentro.pt
fotografia: Jornal do Centro
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20.04.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Festival que liga Lamego ao Japão propõe concursos literários, cinema japonês, workshops e exposições - Jornal do Centro

Entre 13 de maio e 13 de outubro de 2025, o Museu de Lamego promove o Festival “Japão. Torna-Viagem”, com o objetivo de promover o conhecimento sobre as relações entre Portugal e o Japão, tanto atualmente como no passado. Esta iniciativa insere-se no programa OSAKA, no âmbito do Pavilhão de Portugal na Expo Osaka 2025.

Sobre o tema “Oceanos – Diálogo Azul”, a participação portuguesa nesta exposição propõe a celebração e reflexão à volta de tópicos como o viajar, a cooperação cultural, a literatura de ambos os países e o acesso à cultura. Assim, Japão. Torna-Viagem vai contar com palestras, cursos de escrita criativa, dois concursos literários, um de contos e um de micronarrativas, assim como workshops, cinema japonês, performances e uma exposição temporária no Museu de Lamego.

A mostra temporária parte de um acervo que existe no Museu de Lamego que contem peças japonesas de finais do século XIX e XX, segundo explicou ao Jornal do Centro Alexandra Falcão, uma das curadoras deste festival e responsável do museu. “A coleção do museu tem peças provenientes de tantas origens do mundo e que refletem muito o fenómeno de viagem e de mobilidade de pessoas aqui, em torno da cidade, que viajaram pelo mundo e que deixaram a sua marca através de coleções que ofereceram ao museu”, explicou Alexandra Falcão.

“Interessa-nos muito esta questão do diálogo, de ligação a outros territórios porque efetivamente reflete muito o que é a história de Portugal, o que é a história de Lamego”, disse ainda a curadora. Em relação ao diálogo entre Portugal e o oriente, Alexandra Falcão assume que atualmente está mais presente o diálogo com a China, mas apenas porque “com o Japão ouve um corte e eventualmente está mais esquecido, o que dá origem muitas vezes a confusões, porque muitas vezes não se distingue entre o que é a cultura chinesa e a cultura japonesa, apesar de tão distintas que são”.

Além da exposição, que é, segunda a curadora, o centro da iniciativa, os participantes podem contar com workshops relacionados com a cultura japonesa, como as cerimónias de chá ou a arte origami. Já o ciclo de cinema japonês será exibido em parceria com o Teatro Ribeiro Conceição. Sobre os concursos literários, Alexandra Falcão explicou que “vai haver um de micronarrativas diretamente relacionado com as peças do museu e que terá os regulamentos disponíveis em breve, além de um concurso de contos e de narrativas inéditas para vários níveis de público”. Este último concurso será aberto a todo o país.

Envolvida na curadoria do festival “Japão. Torna-Viagem” está também a escritora de literatura de viagem, Raquel Ochoa. A escritora explica que a parceria começou depois da publicação do seu livro “Coração Castelo”, que “retrata este património, este tempo, que é um tempo muito especial no Japão, em que Portugal teve uma grande interferência, não só a comercializar, mas também a evangelizar e, portanto, deixa uma marca fortíssima no Japão a vários níveis”.

“Isso dá aquilo que mais me interessa na literatura, que é precisamente as relações entre as pessoas, e como é que uma cultura lida com outra, esse choque cultural, e o que é que resulta dele”, explicou a escritora. Para Raquel Ochoa, a participação de Portugal na Expo Osaka 2025 é um reavivar de uma relação que teve dois séculos de cortes diplomáticos. “Procuramos retomar essa memória e construir uma narrativa diferente também, em que nós hoje em dia, de forma até desempoeirada, conseguimos ver o Japão já sem um certo preconceito”, detalhou Raquel Ochoa.

A propósito de Japão. Torna-Viagem, a escritora assumiu tratar-se de “um programa para as pessoas conhecerem grandes autores contemporâneos japoneses e a partir de escritores portugueses conhecerem aquilo que se escreveu, em Portugal, sobre o Japão”. “A ideia é sempre que isto não seja um programa em que as pessoas têm um papel só refletivo, mas que tenham atividades em que realmente se sentam e aprendem, e ouvem sobre este tema ou outro”, contou ainda.

“É essa a ideia, que seja um festival onde as pessoas também vêm elas próprias explorar as suas potencialidades artísticas e ao mesmo tempo aprenderem”, concluiu. O festival vai contar com a participação dos escritores e investigadores André Pinto Teixeira, João Paulo Oliveira e Costa, Manuela Cantinho, Maria José Tavares, Paulo Moura e Tânia Ganho, assim como a especialista em cultura japonesa, Inês Carvalho Matos.

Para alguém que potencia a literatura de viagem e o conhecimento histórico, foi difícil, para Raquel Ochoa, escolher uma época e local no Japão para onde iria se pudesse. A escolha ficou dividida entre dois destinos distintos: “Eu gosto muito do sul do Japão, que é muito pouco conhecido, e há ali uma ilha praticamente virgem muito conhecida pelas suas árvores milenares e monumentais, que em 1520 ou 1530, ali por essa década, foram cortadas para construir uns templos também monumentais em Kyoto. Se pudesse viajava para essa ilha antes de terem cortado aquelas árvores”, contou. Já o segundo destino seria a Batalha de Sekigahara, mais propriamente a preparação desta batalha. “Não tinha grande vontade de ver a batalha em si, mas sim o espetáculo que foi num certo dia o Japão inteiro ter-se reunido num só ponto, e ter sido o norte contra o sul, numa maneira um bocadinho simplista de colocar, onde estavam quase todos os Daimyo do Japão, e que vai marcar a história do país para sempre”, terminou a escritora

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