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A cada 14 de fevereiro é celebrado o dia de São Valentim. Habitualmente, neste dia as floristas não têm mãos a medir, os restaurantes estão cheios e os casais esforçam-se por agradar a cara-metade. Mas, o ano tem 365 ou 366 dias, como este ano, e é importante relembrar que as relações saudáveis se constroem diariamente.
A adolescência é uma das fases da vida em que é difícil gerir as emoções. O início de uma relação pode ser um acontecimento, simultaneamente, excitante e assustador. É habitual surgirem dúvidas e preocupações, sendo que por esse motivo é particularmente importante fomentar nos jovens, desde cedo, os alicerces para a criação e manutenção de uma relação positiva e saudável.
Numa relação saudável não devem existir insultos, humilhações, ameaças, manipulação, intimidação, stalking (perseguição), pressão para beijar ou ter relações sexuais, nem outras formas de violência física ou psicológica. Não se pode proibir o namorado ou namorada de vestir uma determinada peça de roupa, estar/falar com pessoa amiga, colega ou familiar e usar o telemóvel do/a outro/a para ler as mensagens e entrar nas redes sociais sem autorização. Estes comportamentos são abusivos e não devem ser tolerados, em qualquer idade e em qualquer relação, seja ela já longa ou esteja a começar. Contudo, os/as adolescentes, fruto da sua inexperiência, vulnerabilidade, medo de perder a pessoa amada e dificuldade no controlo das emoções, como o ciúme, tendem a aceitar mais facilmente estas formas de abuso como normais. E as vítimas, por outro lado, não têm consciência de que estão a viver uma relação abusiva.
Em 2023, a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) realizou um estudo em que concluiu que cerca de 7 em cada 10 jovens legitima estas formas de agressão. Cerca de 5 em cada 10 diz já ter sofrido de violência psicológica e 1 em cada 10 violência física. A prevalência destas formas de violência, bem como a sua legitimação entre jovens é preocupante.
Numa relação saudável deve existir apoio, cada elemento do casal deve sentir- se bem consigo mesmo e não ter necessidade de ser diferente para agradar o parceiro ou parceira. Deve existir respeito mútuo, confiança, segurança, honestidade, igualdade e liberdade. Quando se está numa relação não se deve viver exclusivamente para a outra pessoa. É fundamental manter as relações de amizade e passar tempo com outras pessoas de quem se gosta. Os conflitos e desentendimentos que possam vir a existir, devem contribuir para uma evolução positiva da relação. E devem ser sempre resolvidos por via do diálogo. É importante não ter medo de dizer “não” e impor os nossos limites. Caso esses limites sejam ultrapassados, deve-se pedir ajuda (falar com pessoa adulta, equipa de saúde familiar, APAV, forças de segurança).
A violência no namoro não pode ser encarada com leviandade. É imperativo apostar na prevenção junto dos/as jovens para o reconhecimento e não aceitação de comportamentos abusivos, com vista à promoção de relações saudáveis.
Os/as jovens de hoje são os/as adultos/as de amanhã!
Ana Carolina Silva – Médica, IFE Medicina Geral e Familiar na USF Grão Vasco, em colaboração com a UCC Viseense
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