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Afinal, ao contrário do que era a minha convicção, o campo de cardos para experimentação num processo mais integrado de I&D vai acabar por desaparecer e as plantas a serem repartidas por vários locais.
Todo este processo – embora correndo dentro das normas habituais – é um exemplo que nos remete para duas situações que podem vir a condicionar o futuro desenvolvimento da cidade e da Região:
Todos conhecemos a realidade da fuga de talentos para o exterior, seja do País para o estrangeiro, seja do interior para e litoral e, em particular, para a metrópole de Lisboa. Também sabemos que neste tipo de deslocação, o montante dos salários é um fator importante, mas na realidade, por vezes esquecemo-nos que aquilo que estas pessoas procuram, quando saem do seu ambiente familiar e de amigos, são também oportunidades para darem corpo aos seus sonhos; saem porque esperam encontrar nos destinos o ambiente propiciador para os seus projetos e para a vida de trabalho que os espera. Saem porque precisam de ter à sua frente horizontes mais largos, com mais e mais diversas oportunidades, e não barreiras a uma desejável ascensão profissional e social. Saem para encontrar um ambiente de trabalho que lhes permita também o seu desenvolvimento pessoal, o crescimento enquanto profissionais. Não precisam que lhes ofereçam “a papa feita”, mas sim que os deixem escolher e experimentar. Não precisam de salários milionários, mas sim de encontrar um ambiente social e cultural diverso e aberto, cosmopolita. Ganham os destinos que tiverem esta capacidade de acolhimento.
Podemos manter na nossa região o conhecimento e as competências técnicas especificas, mas se não formos capazes de criar esse ambiente inspirador, dentro das instituições – de ensino e investigação, de saúde, das empresas, etc., etc. – e na comunidade de residência, é certo e sabido que continuaremos a assistir à saída da “geração mais qualificada de sempre” e a perdermos capacidade de atração de outros atores qualificados e empreendedores.
Estaremos a definhar, como o sapo na panela de água a aquecer, sem comboio ou autoestrada, sem acréscimos de equipamentos de educação, de saúde, de lazer ou cultura que nos salvem. Todos estes equipamentos são importantes, mas serão eficazes se, com eles, criarmos um ambiente acolhedor nas nossas organizações, nas nossas ruas e praças, na cidade ou na aldeia. Por isso, estamos perante um problema cuja resolução é da competência da administração local (de cada Câmara Municipal e, com toda a certeza, de cada Junta de Freguesia), mas também dos organismos da administração central (porque ainda não fomos capazes de fazer a descentralização) e dos decisores das organizações locais (empresas e associações diversas). Com tal multiplicidade de atores, mas também de domínios sociais de intervenção, só através de ações concertadas e planeadas é possível tomarmos as decisões mais acertadas.
Neste sentido, o campo de cardos é um pequeno exemplo de desincentivo, mesmo que involuntário, mas vale a pena interrogarmo-nos se, enquanto comunidade, estamos a fazer tudo ao nosso alcance para evitarmos estes “pequenos exemplos” que, somando-se, criam as condições para não fixarmos nem atrairmos os mais qualificados, os mais empreendedores – sim, é disto que precisamos, de empreendedores qualificados (empresários e empreendedores sociais e culturais, empreendedores profissionais na saúde, na educação e restantes atividades) que nos coloquem ao nível das regiões mais avançadas. O que precisamos, enquanto comunidade, é não deixarmos acumular pequenos desincentivos como este, mas promover ações como as que conduziram à investigação relacionada com o cardo ou com o pinhão (e muitas outras há na ESAV e nas instituições de ensino superior de Viseu e que a cidade e a Região desconhecem – ah!, mas não procuremos culpados, organizemos, antes, as ações para ultrapassarmos as nossas falhas de informação), promoveram a implantação das empresas de tecnologias de informação ou do Star Institute ou, noutra dimensão, – igualmente importante -, a abertura de uma pequena livraria, de uma pastelaria solidária ou da futura residência estudantil no centro da cidade.
Tudo isto são escolhas nossas. Todas legítimas, mas umas fazem-nos avançar muito mais do que outras. Por isso temos de ser preventivos e apostar no planeamento fortemente participado para que todos conheçam o caminho a seguir, os objetivos que queremos alcançar enquanto comunidade e o contributo que cada um pode e deve dar.
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Rui Cardoso
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Diogo Chiquelho
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Filipe André
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Jorge Marques