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Jorge Marques
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Os produtores de maçãs dos concelhos de Armamar e Moimenta da Beira esperam que os fundos comunitários ajudem a suportar o custo com a Canhões vs redes: o que protege melhor a maçã do granizo?
O projeto-piloto já arrancou com oito canhões com vista a investigar e estudar as alterações climáticas, mas, segundo as contas dos produtores, será preciso muito dinheiro para instalar mais 48 e só em Armamar no próximo ano.
Jorge Rodrigues, presidente da Cooperativa de Fruticultores do concelho, revela que o investimento de cada canhão “ronda entre os 35 e os 40 mil euros”. “Nós fazemos uma análise financeira e, inicialmente, os produtores vão assumir a responsabilidade de pagar este investimento”, diz.
Segundo as contas deste produtor, cada canhão “cobre uma área no máximo de 80 hectares”, sendo que os 48 previstos para Armamar vão cobrir uma área total de “entre 1.800 e 2.000 hectares”.
“O valor que estimamos é que cada produtor vai ter de pagar a partir de 170 euros por hectare por ano durante 12 anos e, como é um período bastante alargado e é um valor significante para o tipo de rendimento que ultimamente temos tido, estamos a fazer tudo para conseguir encaixar isto num projeto que seja apoiado pelos fundos comunitários e pelo Governo”, acrescenta.
Jorge Rodrigues diz ainda que o Governo está sensível para este investimento que pode vir a ser alargado para a zona da Cova da Beira. O dirigente defende que o projeto-piloto, que conta com a investigação do Politécnico de Viseu, será uma mais-valia para os prejuízos que os cerca de 400 agricultores da região têm tido nos últimos tempos.
“A maior parte dos produtores já assinou contratos de compromisso, mas o pior é em termos de prejuízo. Já fizemos um seguro agrícola e, este ano, o prejuízo andou a rondar os 8 milhões de euros. E nós estamos a falar de um investimento de, no máximo, 2 milhões de euros”, explica.
Mesmo assim e diante de um avultado investimento, Jorge Rodrigues diz que a garantia de eficácia chega aos 95 por cento e que, por isso, “é muito melhor um produtor ter um custo de 170 euros por hectare do que ficar com a produção toda estragada”. “E já estamos a negociar com as seguradoras para tentar reduzir o custo do prémio que cada produtor paga”, conclui.
Os canhões são monitorizados por um radar que, quando a trovoada se aproxima, dispara ondas que fazem com que a trovoada se espalhe e o granizo é transformado em chuva.
Os últimos anos têm sido críticos para os produtores de maçã que têm visto muitas das suas produções dizimadas pelo granizo. Em 2020, o prejuízo rondou os 10 milhões de euros em Armamar.