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Fujaco, a aldeia que já abrigou um fujão

 Fujaco, a aldeia que já abrigou um fujão
05.11.23
fotografia: Jornal do Centro
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 Fujaco, a aldeia que já abrigou um fujão
18.10.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Fujaco, a aldeia que já abrigou um fujão

Já há algum tempo que se fala num fujão que, de uma maneira ou de outra, acabou a esconder-se debaixo de uma fraga até começar a povoar a encosta que nos rodeia. Que, entretanto, se fez aldeia. Do fujão ergueu-se o Fujaco. Sobreviveu ao passar do tempo e chegou até nós cheia de lendas para contar. Encavalitada num vale em socalcos, já teve mais de 50 habitantes. Hoje, são pouco mais de vinte.
Ao cruzar os campos do fujão, sentimos um silêncio imenso. Daqueles que nos fazem recuar até ao que ficou para trás. Encontramos sorrisos em becos resguardados por grandes lascas de xisto que ultrapassam os limites das casas. Na verdade, vemos rostos que nos aliviam o olhar. Cada vinco da pele conta uma história das terras que nos rodeiam. Histórias essas que teimam em não trepar a serra que nos rodeia. São apenas memórias que desvendam quem por lá passou e quem continua a passar.

E no meio do Fujaco há quem cante ao “antigamente”

Outros tempos, outros costumes. A encosta apetrechava-se de centeio, milho, feijão e vinhas. Muito vinho que ali se fazia, ainda que aquela zona seja muito fria. E nós sentimos uma leve brisa a carregar tímidos aguaceiros. Vestem a serra de um cinzento pastel. Que não se pense que era só agricultara e criação de gado. Nesta aldeia, “havia homens que iam para o minério e quase todos os dias ia pessoal para lá”, revelou José Soares, um dos habitantes. Mas, trabalho que é trabalho merece “uma boa festa aos domingos”. A noite caía e, “quando havia o milho”, faziam-se as desfolhadas com direito a baile. “Havia muita mocidade aí nos arredores”, relembra, “agora acabou tudo”.
Entre idas e voltas, conhecemos Custódio Lourenço. Tem sempre uma canção pronta a sair. Uma a seguir à outra. “Menina do lenço branco e de encarnado no peito, diga ao seu pai que a case que para genro tenho jeito”, trauteou. Na realidade, foi assim que conquistou a esposa. Nasceu no Fujaco e por ali ficou. “Essas casas que estão aí fui eu que as fiz, até as estradas”, disse-nos, com a testa franzida.
Em breves segundos, começou a remexer em recordações bem longínquas. Contou-nos que saiu da escola com apenas 11 anos e que as gentes do Fujaco viviam do que a terra dava. “A vida era difícil”, confessou Custódio, mas como José também não esquece dos bailaricos de fim de semana. “Quase todas as semanas faziam aí bailes. Antigamente era assim”, diz, entre gargalhadas, “eram belos tempos”.

 Fujaco, a aldeia que já abrigou um fujão

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