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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
Em maio, faz dez anos que o Clube Desportivo de Tondela subiu à Primeira Liga. Uma estreia na principal competição nacional que sempre foi o sonho do homem que preside o clube há muito mais décadas. Um sonho que já realizou e que ainda está bem presente na memória, de tal forma que Gilberto Coimbra até duvida quando lhe falamos da possibilidade de uma nova subida, 10 anos depois.
“Não foi há 10 anos, foi há menos”, responde prontamente. Mas não foi, foi em maio de 2015.
Sobre se acredita nesse possível regresso – o Tondela lidera atualmente o campeonato, com uma vantagem de quatro pontos – Gilberto Coimbra prefere não desenvolver muito.
Para o presidente, a certeza é uma: se conseguirem “um bom resultado” nos oito jogos que ainda restam, a subida estará certamente mais próxima.
“Acredito que sábado temos uma nova jornada, com a Oliveirense, e espero lá ir buscar um bom resultado. E se ganharmos, alimenta [a esperança], porque estamos sempre mais perto”, atirou em conversa com o Jornal do Centro à margem de uma iniciativa que coloca o clube na frente de outro “campeonato”, o da eletricidade.
E se em campo o conjunto beirão tem sido o segredo para os bons resultados, fora das quatro linhas os adeptos têm contribuído com o “12º elemento”. O apoio tem sido visível, mas recentemente a claque “Febre Amarela” decidiu boicotar os jogos que se realizem à noite durante a semana, por entenderem que o futebol “sempre pertenceu ao sábado e ao domingo”. Os adeptos pediram ainda que os clubes se unissem.
Sobre a decisão dos adeptos, Gilberto Coimbra admite “entender”, mas pede “compreensão” já que esta situação não é exclusiva do clube de Tondela.
“Acima de tudo, entendo a decisão deles. Só não posso é satisfazer a vontade deles e tenho que pedir compreensão. São muitos clubes, muitos jogos e muitas transmissões, depois toca a todos”, refere. Contudo, Gilberto Coimbra diz que se o clube fosse o único prejudicado, ele próprio tomaria uma atitude.
“Se fosse só o Tondela a jogar à segunda-feira, não seriam os sócios a boicotarem, ou os sócios a levantarem armas, digamos assim. Eu próprio já tinha levantado”, afirmou.
Gilberto Coimbra falou também sobre a recente criação da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) e se o clube tomou medidas para evitar que esta experiência termine como a última, em que o clube acabou por pôr fim ao negócio.
“Qualquer negócio tem riscos, mas quando se faz um negócio naturalmente que é perspetivando o melhor resultado, que é o resultado do ganho, daí a venda”, começou por dizer.
Já sobre se o Tondela se precaveu, o presidente afirmou que “houve alguma preocupação em saber quem eram os novos investidores e haver um conhecimento mais profundo de quem vinha para Tondela”, recordou.
Sobre quem integra a SAD, Gilberto Coimbra disse ter “firme certeza que são pessoas de bem, idóneas, de caráter, com nome a defender”.
“Houve a preocupação por parte deles em que eu ficasse como presidente do conselho de administração e, para mim, já dá garantias da idoneidade das pessoas e daquilo que querem”, acrescentou.
O presidente do clube disse ainda que pediu aos novos investidores para “não mudarem nada relativamente à idoneidade e identidade do clube, a identidade de proximidade com a terra, com a cidade, as cores do clube e daquilo que é o Tondela”.
Gilberto Coimbra adiantou também que espera que este ano possa ter a academia edificada.
“Há sempre aquele aspeto documental, de licenciamentos, de burocracias. É uma obra que vai ser faseada e que está a ser pensada essencialmente para a juventude, não é para o futebol senior, mas para a juventude”, concluiu.