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Faz esta terça-feira (18 de março) cinco anos que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou o primeiro estado de emergência por causa da Covid-19. A decisão foi tomada a 18 de março de 2020. Três dias antes, foi conhecido o primeiro caso na região de Viseu: um camionista de Mangualde, que estava de regresso de uma viagem a Itália, França e Espanha, apercebeu-se que estava com um sintoma compatível com o coronavírus e dirigiu-se ao Hospital da Guarda. O teste deu positivo.
Desde então, foram contabilizados milhares de infetados e, pelo menos, várias centenas de mortos na região de Viseu. O estado de emergência decretado pelo Presidente da República foi o primeiro na história da democracia portuguesa depois do 25 de Abril. Tudo por causa de um vírus que ‘obrigou’ todos a permanecer em casa e deixou em alerta as autoridades.
A decisão do Presidente da República parou o país inteiro que se preparava para fazer face à pandemia decretada como tal pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Covid-19 mudou, e muito, a vida na região de Viseu durante os três anos de pandemia. As pessoas assistiam a uma nova realidade que ninguém queria, mas o coronavírus passou a fazer parte das conversas todos os dias.
Os dois confinamentos generalizados levaram a cidades e vilas desertas. Foram fechadas escolas – o Instituto Politécnico de Viseu suspendeu as aulas presenciais a 11 de março, o mesmo dia em que a OMS declarou a Covid-19 como pandemia, uma decisão que também foi tomada em todos os níveis de ensino, sem exceção – e suspensas atividades desportivas e culturais.
O uso da máscara, o teletrabalho, as videochamadas, o ensino à distância e até a telescola – recuperada depois de ter lecionado alunos pela televisão no século passado – passaram a fazer parte das rotinas de crianças, jovens e adultos que tiveram de ficar em casa para ‘achatar’ a curva do coronavírus.
Nas piores fases da pandemia, as medidas foram mais restritivas: proibição de circulação entre concelhos, controlo de fronteiras, impedimentos de ajuntamentos e proibição de visitas a hospitais e lares de idosos. Os municípios também passaram a ser ‘avaliados’ de acordo com a incidência de casos e o risco de infeção. Cafés, restaurantes e lojas adotaram regras sanitárias e limitações de ocupação.
Mas os impactos fizeram-se sentir não só na saúde e na rotina diária das populações: muito se escreveu e debateu sobre, por exemplo, os efeitos da Covid-19 na saúde mental, nomeadamente nas questões da ansiedade, da depressão e do stress.
Os números da Covid aumentavam à medida que os anos passavam. Em 2020, ainda não tinha terminado o mês de março e os casos no distrito de Viseu reportados já atingiam os 139. No final desse mês, já havia três mortes por causa da doença e 139 casos ativos.
Um ano depois, em 2021, estavam, na mesma data, infetadas perto de 29 mil pessoas. Mortos já eram 636. E, em 2022, os números eram ainda superiores: infetados eram 64 mil e, no total, tinham sido registadas 717 mortes.
Entre as mortes registadas em todo este período, está a do ex-presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, que faleceu a 4 de abril de 2021, no Hospital de São Teotónio, vítima de complicações respiratórias decorrentes da Covid-19. Tinha 59 anos.
Para combater o coronavírus, também foi encetada uma grande campanha de vacinação que abrangeu pessoas de todas as idades. Ao longo da pandemia, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou 15 vezes o estado de emergência, que terminou em abril de 2021. Veio a situação de alerta, que se prolongou até setembro de 2022. O fim da pandemia foi decretado pela OMS em maio de 2023.
Segundo a Direção-Geral da Saúde, durante os três anos de pandemia, foram registadas 5,6 milhões de infeções e 29 mil mortes em Portugal. A nível global, as contas da OMS apontam que mais de 7,7 milhões de pessoas morreram com Covid-19 e mais de 777 milhões foram infetadas. Até ao momento, foram vacinadas contra o coronavírus mais de 13,6 mil milhões de pessoas em todo o mundo.