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Mariana Mouraz
Numa consulta de ginecologia… Maria, de 48 anos, toma a pílula sem esquecimentos, nos últimos meses tem tido perdas de sangue fora da “semana da pausa”. Durante a ecografia a ginecologista diz: “Parece ter aqui um pólipo no útero, teremos que fazer uma histeroscopia.”
“Uma histero, quê?”
A histeroscopia é um procedimento que permite visualizar o interior do útero de forma direta com o auxílio de um instrumento chamado histeroscópio, que consiste num tubo fino equipado com uma câmara na ponta. Esta é considerada a técnica de diagnóstico mais fiável para as anomalias da cavidade uterina, permitindo o seu tratamento sob visão direta.
Este exame pode ser diagnóstico ou terapêutico/cirúrgico, dependendo do objetivo: A histeroscopia diagnóstica é utilizada para investigar problemas no útero, como sangramentos anormais, pólipos, miomas ou malformações uterinas. Já a histeroscopia cirúrgica é recomendada quando é necessário tratar condições identificadas, como a remoção de pólipos, miomas pequenos, aderências (cicatrizes internas) ou outros problemas do útero.
“E como é feito?”
O exame é realizado em consultório ou, caso seja necessária anestesia geral, no bloco operatório.
Durante o procedimento, a câmara do histeroscópio envia imagens para um monitor, permitindo que o médico examine em detalhe o interior do útero. Como o útero é um órgão oco, para se conseguir observar toda a cavidade, é necessário utilizar um meio líquido para o distender (soro fisiológico).
“Dra., vai doer? É sem anestesia? Uma prima minha acho que fez este exame e diz que doeu muito.”
A histeroscopia geralmente não é dolorosa, mas a sensação de desconforto, tipo “cólica menstrual”, pode variar de acordo com o tipo de exame, a sensibilidade de cada mulher e se será realizada alguma intervenção durante o procedimento.
Para facilitar a sua realização pode ser necessário fazer uma preparação específica. Esta preparação consiste na aplicação vaginal ou toma oral de um medicamento antes do procedimento para ajudar a dilatar o colo do útero. Apesar de em muitos casos a histeroscopia ser realizada sem anestesia, noutros pode ser necessária uma anestesia geral, dependendo da complexidade.
“Posso ir trabalhar a seguir?”
Após a histeroscopia, é comum ter cólicas leves, como as de menstruação, por algumas horas ou até um a dois dias. Também pode haver um pequeno sangramento vaginal. Para alívio da dor, podem ser prescritos analgésicos leves, como paracetamol ou ibuprofeno. A dor geralmente desaparece dentro de 24 a 48 horas. A recuperação costuma ser rápida, podendo a pessoa retornar às atividades normais em pouco tempo. Em geral, a histeroscopia é um exame bem tolerado, seguro e com uma recuperação rápida.
Mariana Mouraz, ginecologista-obstetra no Hospital CUF Viseu
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