O Hospital CUF Viseu tem vindo a privilegiar cirurgias com abordagens minimamente invasivas, assegurando uma recuperação mais rápida do doente. Carlos Daniel, Coordenador de Cirurgia Geral no Hospital CUF Viseu explica de que forma a aposta em tecnologia de ponta, aliada à diferenciação e experiência da equipa, tem permitido diagnósticos e tratamentos mais precisos e personalizados, mesmo nos casos mais complexos.
Atualmente as técnicas cirúrgicas são cada vez menos invasivas. Quais os benefícios que destaca para os doentes?
Nos últimos anos são várias evoluções na área cirúrgica que têm permitido uma melhor e mais rápida recuperação dos doentes. A laparoscopia, uma cirurgia realizada através de pequenas incisões, tem possibilitado tratar situações mais complexas de uma forma cada vez menos invasiva e com grandes benefícios para os doentes. Destes passo a destacar: menor dor pós-operatória, menor tempo de internamento com uma recuperação muito mais célere, com o consequente regresso mais precoce à vida ativa e incisões ou cicatrizes menores. Tudo isto porque o stress metabólico a que o organismo é submetido durante a intervenção cirúrgica é muito menor.
Quais as doenças mais comuns tratadas pela equipa de Cirurgia Geral do Hospital CUF Viseu?
As doenças mais frequentes são as hérnias, patologia intestinal, doença hemorroidária, intervenções à vesícula biliar e à tiróide. Na área oncológica, sejam tumores do aparelho digestivo, de órgãos do sistema endócrino, tumores da pele ou dos tecidos moles, o tratamento cirúrgico é de primeira linha na maioria dos casos pelo que a cirurgia geral tem aqui um papel fulcral.
Habitualmente são cirurgias programadas, mas outras vezes, por exemplo, quando um doente procura o Atendimento Permanente, e perante uma situação inesperada de saúde, são realizadas de urgência. Dentro destas, a apendicite aguda e a colecistite – infeção na vesícula- são as mais comuns.
A cirurgia bariátrica para tratamento da obesidade tem tido, nos nossos dias, também muita procura.
É importante referir que o campo de atuação de um cirurgião geral é bastante amplo e não se cinge apenas ao bloco operatório. Muitas vezes o tratamento pode não ser apenas cirúrgico e por isso privilegiamos uma articulação próxima com outras especialidades para um tratamento integrado e multidisciplinar.
Que relevância tem para o doente um acompanhamento multidisciplinar?
As necessidades de saúde são cada vez mais complexas e exigem uma articulação entre as várias especialidades médicas e cirúrgicas, que avaliam o doente como um todo, de forma a assegurar uma resposta de elevada qualidade e um tratamento personalizado atendendo às suas necessidades específicas. Um exemplo onde esta abordagem é fundamental é no tratamento dos vários tipos de cancro, em que existe o envolvimento de oncologistas, imagiologistas, radioterapeutas, anatomopatologistas, gastrenterologistas e cirurgiões, que executam um plano de tratamento personalizado, previamente delineado e aprovado em reuniões multidisciplinares onde cada especialista dá o seu contributo, constituindo uma mais-valia para o doente. Outra patologia que vive muito da multidisciplinaridade é a obesidade, pois o tratamento cirúrgico não será eficaz se não estiver enquadrado e articulado com avaliações comportamentais, quer ao nível da Nutrição quer da Endocrinologia e da Psicologia, realizadas por profissionais experientes na área.
De que forma está organizada a equipa de Cirurgia Geral?
A equipa, apesar de dar resposta a todas as áreas da Cirurgia Geral, está organizada por áreas de diferenciação como sejam a cirurgia da tiróide, colorretal, do estômago, das vias biliares e do pâncreas, o pé diabético, cirurgia bariátrica, entre outras. Cada uma destas cirurgias é realizada por cirurgiões experientes e diferenciados nas particularidades de cada doença, o que permite garantir uma resposta mais adequada às necessidades específicas de cada pessoa, daí ser importante a procura de ajuda diferenciada e de profissionais dedicados à patologia em questão. A diferenciação das equipas é, assim, um fator importante para o sucesso do diagnóstico e respetivo tratamento.
De que forma o Hospital CUF Viseu garante qualidade clínica e segurança nos cuidados ao doente?
O Hospital CUF Viseu dispõe de todos os meios humanos e técnicos para garantir uma resposta de elevada qualidade e segurança clínica. A experiência e diferenciação dos especialistas, aliada à tecnologia de última geração, permitem diagnósticos e tratamentos mais precisos e personalizados, mesmo nos casos mais complexos. Especificamente na área cirúrgica, é assegurado o cumprimento de regras internacionais de cirurgia segura e, após os procedimentos, o doente é monitorizado continuamente no internamento, ou nos casos que exijam cuidados mais diferenciados, é feito o seguimento na Unidade de Cuidados Intermédios. Para casos que recorrem ao Atendimento Permanente e carecem de uma intervenção cirúrgica em regime de urgência, dispomos de uma equipa de Anestesiologia e de bloco operatório durante as 24 horas.
