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A Unidade Local de Saúde Viseu Dão Lafões (ULSVDL) anunciou que está a implementar o projeto “Be a Mom”, um programa de intervenção psicológica online que visa combater a depressão pós-parto.
Segundo a instituição de saúde, que participa na iniciativa nacional, o objetivo é “inovar e reforçar o apoio à saúde mental da mulher no período pós-parto”. O projeto resulta de uma parceria estratégica entre a Universidade de Coimbra, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a Fundação Calouste Gulbenkian.
Em comunicado, a ULSVDL explica que o “Be a Mom” foi desenvolvido para apoiar as mães nos primeiros meses depois do parto e propõe a partilha de práticas de autoajuda e informação especializada para “identificar sinais precoces de stress e depressão pós-parto, fornecer ferramentas práticas para gerir emoções e desafios do pós-parto e promover estratégias saudáveis de adaptação ao papel maternal”.
Para garantir a “abordagem multidisciplinar e integrada”, a iniciativa conta com a participação das unidades de saúde familiar da Vila da Igreja, Viriato, Viseu Cidade e Rio Dão e do Grupo de Apoio à Parentalidade do serviço de Neonatologia do Hospital de Viseu.
A unidade local de saúde salienta que, com o “Be a Mom”, quer “apoiar e capacitar cada mãe a viver a maternidade de forma plena, equilibrada e confiante, promovendo o bem-estar, a valorização pessoal e, consequentemente, o desenvolvimento saudável do bebé”.
“Pretende-se, também, que com a nossa contribuição neste projeto piloto, o programa venha a ser incluído no percurso de cuidados à maternidade no país, garantindo um suporte adicional às mães e reforçando o papel dos profissionais de saúde no acompanhamento de situações de risco”, conclui a instituição.
O projeto funciona no formato online e foi criado por uma equipa de psicólogos clínicos do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental, na Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra. Além de Viseu, o “Be a Mom” também decorre noutras unidades locais de saúde em Vila Nova de Gaia, Beja e Guimarães.
O projeto permite analisar aspetos da experiência psicológica das mães nos primeiros meses após o nascimento de um bebé e sugere estratégias para lidar com a situação, permitindo ainda uma avaliação do nível de depressão. Se se registar um valor muito elevado, os serviços de saúde são alertados e contactam a pessoa para resolver a sua situação. O objetivo passa depois por estudar a implementação de um programa de prevenção da depressão pós-parto no Serviço Nacional de Saúde.
“Este programa é um programa com eficácia e que já está testado”, disse o coordenador nacional das políticas de saúde mental, Miguel Xavier, acrescentando que o “estudo de implementação” vai analisar “quais são as formas melhores para o implementar e, acima de tudo, quais são os obstáculos”.
Prevê-se que o estudo esteja concluído dentro de 18 meses, seguindo-se a aplicação do programa nos cuidados de saúde primários. “Não pode ser um programa a mais, tem de ser uma coisa de rotina e isto é o grande desafio”, referiu Miguel Xavier.
As puérperas serão sensibilizadas para a utilização da plataforma ‘online’ nos cuidados de saúde primários.
O “Be a Mom” permite analisar aspetos da experiência psicológica nos primeiros meses após o nascimento de um bebé e sugere estratégias para lidar com a situação, permitindo ainda uma avaliação do nível de depressão. Se se registar um valor muito elevado “há um mecanismo de alerta automático para os serviços (de saúde) para se contactar a pessoa” e “se começar a tratar a situação”.
“O nosso objetivo é depois implementar o Be a Mom em todo o território nacional”, referiu Miguel Xavier.
Segundo a Fundação Calouste Gulbenkian, o programa foi “testado num rigoroso ensaio clínico que contou com a participação de mais de 1500 mulheres em Portugal” e “demonstrou a capacidade de reduzir significativamente sintomas de depressão e ansiedade das mães no período pós-parto”.
Num comunicado, a fundação adianta que o projeto a ser lançado irá abranger “um total de 20 Unidades de Saúde Familiar e serviços de obstetrícia hospitalares” e preparar a “expansão (do programa) para outras unidades do SNS, nos próximos dois anos, assegurando, assim, um acesso alargado e equitativo a esta intervenção”.