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A hotelaria na região de Viseu regista, nesta passagem de ano, taxas de ocupação na ordem dos 90%, segundo o dirigente do Turismo do Centro e da AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), Jorge Loureiro. Após uma fase inicial mais lenta, a procura intensificou-se nos últimos dias, o que se alia com os números do ano passado. “Até sábado [28 dezembro] esteve muito parado, até pior do que o ano passado, mas agora reavivou e não só para os de Viseu, mas para os outros hotéis. Está em linha com aquilo que aconteceu no ano passado e, se não encher, estará próximo disso”, refere.
O empresário de Viseu atribui esta procura à atratividade que as regiões do interior ganharam no período pós-pandemia. “Depois da Covid, estas regiões ganharam uma atratividade que não tinham. Perceção de segurança, perceção de boas unidades e bom acolhimento, serviço, e isso foi um ganho e manteve-se”.
O dirigente explica que, inicialmente, a preferência por estas zonas surgiu como uma forma de refúgio durante a pandemia, mas transformou-se num hábito consolidado. “Na altura foi por refúgio, descobriram zonas menos ‘litoralizadas’ por causa da segurança sanitária, queriam paz, queriam comodidade e não grandes concentrações, e depois isso veio para ficar porque descobriram, de facto, que nestas regiões há uma oferta muito qualificada, muito estruturada, com bom serviço. Depois há ainda o preço competitivo e isso veio para ficar”.
Além disso, o interior tem captado a atenção de mercados externos, que têm procurado alternativas às zonas mais próximas do litoral. “Mercados externos que já não vão tão para zonas litoralizadas e começam a espalhar-se pelo país e, portanto, claramente, somos beneficiários disso”, destaca.
Outro fator determinante é a diáspora portuguesa, que continua a desempenhar um papel importante no turismo regional. “Há aqui uma diáspora também muito significativa trazida da imigração. Agora, segundas e terceiras gerações também visitam nesta altura. Tudo isto junto permite que realmente nós sejamos beneficiários”.
Jorge Loureiro sublinha ainda que os visitantes têm procurado um equilíbrio entre o ambiente urbano e as experiências gastronómicas em locais mais ocultos. “As pessoas vêm para o interior, passam a passagem de ano em zonas mais urbanas, vilas e cidades, mas depois querem ir ao outro dia ou no dia anterior, experienciar coisas de restauração em sítios mais inóspitos. É um mix que leva a que nós sejamos beneficiários desta atratividade”.