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Incêndios dominados em Castro Daire e São Pedro do Sul

Fogo em Castro Daire ainda vai ser monitorizado através de uma câmara térmica para detetar zonas de maior risco de reacendimento. Em São Pedro do Sul, as frentes de fogo já estão aniquiladas e a população está a regressar à normalidade

 Incêndios dominados em Castro Daire e São Pedro do Sul
20.09.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Incêndios dominados em Castro Daire e São Pedro do Sul
19.11.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Incêndios dominados em Castro Daire e São Pedro do Sul

Os incêndios em Castro Daire e São Pedro do Sul já estão dominados esta manhã de sexta-feira (20 de setembro), depois de dias de assolação para a população e de combate para os bombeiros.

O fogo em Castro Daire foi dominado ao início da manhã, mas vai ser monitorizado através de uma câmara térmica para detetar zonas de maior risco de reacendimento para evitar novos focos, disse o presidente da Câmara.

Às 10h00, Paulo Almeida afirmou aos jornalistas que “o incêndio foi dado como dominado”, mas que isso não significa que o concelho está livre de perigo.

“É verdade que durante a noite as condições meteorológicas e a chuva nos vieram ajudar, mas continua a haver perigo de reacendimentos”, afirmou.

Neste sentido, Paulo Almeida adiantou que vão recorrer aos “meios tecnológicos existentes”, com um meio aéreo a sobrevoar o território do concelho, para, com câmaras térmicas, fazer um levantamento de forma a detetar “onde é que estão esses potenciais focos”.

“Mas neste momento, não temos frentes ativas, foi dado como dominado ao início da manhã”, reforçou.

O autarca que disse ter hoje no terreno cerca de 250 operacionais apoiados por 80 veículos que, ao longo do dia vão fazer “trabalhos de rescaldo e contenções periféricas” para que “o incêndio fique efetivamente apagado”, porque, apesar de dominado, não é possível saber se está mesmo apagado.

O presidente reforçou ainda que o Município teve “cerca de 70% a 75% da área ardida” e, depois de falar com o secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, disse ter percebido que “Castro Daire é o concelho do país com mais área afetada”.

“Se o drama de muitas outras zonas do país foi o que foi e se Castro Daire superou a área ardida em termos nacionais, dá para perceber a dimensão e a gravidade daquilo que aconteceu” no concelho, afirmou.

Hoje de manhã estão a ser “preparadas equipas para irem para o terreno” para iniciarem o trabalho de “levantamento efetivo do que são os danos”, de forma que o Município de Castro Daire defina “o tipo de apoio necessário”.

“Para ajudar também a tutela e pedirmos à tutela os apoios que vamos necessitar para revitalizar e reconstruirmos parte, ou grande parte, do nosso concelho. É outro drama que vamos viver agora: o de garantir que as nossas famílias, porque muitas delas ficaram sem nada, possam ter os seus meios de sobrevivência”, afirmou.

O incêndio provocou cinco feridos ligeiros, bombeiros e civis e uma lista de danos que passa por “muitas edificações, primeiras habitações, anexos, construções, barracões, explorações agrícolas, máquinas, carros, equipamentos”, mas é preciso “fazer um levantamento rigoroso”.

“Porque neste tipo de ocorrência existe sempre muito desespero e muita da informação que nos vai chegando depois também não corresponde à realidade”, sublinhou.

Hoje, as escolas no concelho de Castro Daire mantêm-se encerradas, mas “tudo indica” que reabram na segunda-feira (dia 23).

Já em São Pedro do Sul, as frentes de fogo no concelho estão aniquiladas e a população está a regressar à normalidade. Quem o garante é o presidente da autarquia.

“Hoje, a situação está completamente consolidada. Os incêndios que tínhamos e as frentes estão todas aniquiladas, de forma que a população já começa a ficar mais sossegada”, afirmou à agência Lusa Vítor Figueiredo, que acrescentou que, “efetivamente, hoje começa a ser um dia normal” para a população.

O incêndio que, na segunda-feira (dia 16), começou em Castro Daire atingiu o concelho de São Pedro do Sul no dia seguinte (terça-feira, dia 17).

Na quinta-feira (dia 19) ao final do dia, Vítor Figueiredo adiantou à Lusa que existiam três frentes ativas no concelho, mas sublinhava que não havia “populações em perigo, nem isoladas”.

“Temos muitos meios, tanto de operacionais como de veículos, para podermos atacar essa frente de fogo. Neste momento, não está vento e se assim se mantiver estou convicto que até amanhã [sexta-feira] de manhã isto fica controlado. Só espero é que não venha o vento e que isto não mude e, infelizmente, tudo isso é possível”, afirmou na altura o autarca.

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