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Incêndios: Vieram de Espanha para combater as chamas e acabaram a agradecer à população

O Jornal do Centro conversou com um dos responsáveis pelo grupo de mais de 200 militares bombeiros que chegaram ao concelho de São Pedro do Sul para colaborar com as forças portuguesas na extinção das chamas

 Incêndios: Vieram de Espanha para combater as chamas e acabaram a agradecer à população
20.09.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Incêndios: Vieram de Espanha para combater as chamas e acabaram a agradecer à população
20.09.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Incêndios: Vieram de Espanha para combater as chamas e acabaram a agradecer à população

São militares, das Forças Armadas espanholas, mas com formação e meios para realizar missões de combate a incêndios rurais. Integram a Unidade Militar de Emergência (UME) e foram parte importante no combate aos incêndios que desde o início da semana consumiram milhares de hectares no distrito de Viseu. Vieram para ajudar, mas ao Jornal do Centro fizeram questão de agradecer a forma como a população de São Pedro do Sul os recebeu.

Já estiveram no Porto, em Lisboa, em Setúbal, mas nunca uma missão os tinha trazido até à região de Viseu. Chegaram pela madrugada, na quarta-feira (18 de setembro), e rapidamente puseram mãos à obra no concelho de São Pedro do Sul, para onde foram destacados.

 Incêndios: Vieram de Espanha para combater as chamas e acabaram a agradecer à população

“O nosso trabalho tem estado a correr bem e as populações foram e são muito amáveis connosco e apoiaram-nos em todas as zonas onde temos trabalhado”, começou por dizer o capitão Alejandro González Garcia.

O militar é responsável por um dos grupos que integram os 248 elementos das unidades do primeiro e do quinto batalhão de Intervenção em Emergências da UME. Chegaram de Madrid, mas fazem parte deste grupo militares de várias unidades como Torrejón de Ardoz e León. Estas equipas da UME estão habituadas a cenários que vão de incêndios florestais, a terramotos, deslizamentos de terras, nevões, riscos químicos, nucleares e muitos outros cenários.

No distrito, tiveram como missão colaborar com as forças portuguesas na extinção das chamas que entraram de rompante no concelho de São Pedro do Sul, vindas do município vizinho de Castro Daire. Em poucos dias, o fogo consumiu mais de 10 mil e 500 hectares, destruiu duas casas de primeira habitação e cerca de uma dezena de outras de segunda habitação, além de danos na agricultura e floresta.

A este grupo juntar-se-ia na madrugada de quinta-feira mais 120 bombeiros militares, com 40 viaturas. Mas foi com o primeiro grupo que o Jornal do Centro conversou.

“No terreno temos a missão de defender as povoações, desde pessoas, animais e infraestruturas, das possíveis frentes que podem chegar às localidades. Preparamos o terreno, combatemos e realizamos ações preventivas, sempre a pensar primeiro nas pessoas e depois nas infraestruturas ”, explica o militar.

Assim que chegam aos locais de missão, organizam “as várias unidades, desde recursos humanos, a materiais”. Estas equipas trazem tudo, de tal forma que podem passar vários dias no terreno. Camiões cisterna, jipes de reconhecimento, carros de combate, máquinas de rasto, ambulância, equipas médicas, carro de comunicações e drones que os ajudam a perceber onde atuar. Organizam-se em grupos de 100 para que quando um esta no terreno o outro esteja a descansar, mantendo a operacionalidade 24 horas, sem parar.

“Estabelecemos a missão, a ordem de tarefas e damos continuidade ao dispositivo durante 24 horas, todos os dias, de maneira contínua, até que nos seja ordenada a retirada”, explica.

Quando chegaram a São Pedro do Sul tiveram como primeiro destino o reconhecimento das zonas críticas e começaram por atuar nas aldeias de Figueiredo de Alva, Vila Maior, Pinho e Pindelo dos Milagres.

Apesar de nunca terem estado na região, Alejandro González Garcia conta que até encontrou algumas semelhanças com a região a Galiza.

“Já tínhamos estado em Portugal, em Lisboa, Porto, Setúbal, mas nesta região não. Mas, recorda-me a Galiza, sou galego e faz-me lembrar muito as paisagens, as casas, as florestas com eucalipto e pinheiro e é um cenário difícil”, afirma.

Segundo o militar, desempenhar uma missão numa zona com características que reconhecem é um ponto muito positivo.

“Ajuda ser semelhante, porque sabemos como se podem comportar estas espécies florestais, no caso o eucalipto e o pinheiro, a sua inflamabilidade, o calor e acaba por me lembrar de casa, o que também é bom”, atira.

Ainda assim, o operacional não esconde que o “fogo comporta-se de forma distinta em cada zona”. No terreno, conta, “o mais difícil é ler o incêndio, ler as condições meteorológicas e prever a possível evolução do incêndio, porque é uma zona com muita orografia e com ventos muito próprios destes locais e que dificultam a previsão do que será o incêndio”.

Alejandro González Garcia contou ainda que para o sucesso do trabalho foi muito importante a colaboração entre todas as entidades e confidenciou que a região foi-lhe muito familiar. “Esta região faz-me lembrar o sítio de onde sou, a minha casa, e isso foi muito bom”, finalizou.

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