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por
Joaquim Alexandre Rodrigues
A requalificação do Itinerário Principal (IP) 3 em perfil de autoestrada “de uma ponta à outra” foi a certeza deixada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que esta segunda-feira (24 de março) esteve presente no auto de consignação da duplicação do troço entre Santa Comba Dão e Viseu.
Na cerimónia que aconteceu em Tondela, Luís Montenegro afirmou que o Governo tem o “compromisso inabalável” com esta via, “que tem uma importância determinante do ponto de vista económico e do ponto de vista social”, mas que está manchada com “páginas sombrias de acidentes e perdas de vidas humanas”.
“As expectativas foram muitas vezes frustradas no que diz respeito ao projeto de modernização, de reconfiguração do IP3, nomeadamente naquele que é o grande objetivo, que hoje é mesmo um compromisso inabalável deste Governo, de o transformar numa via em formato de autoestrada, de uma ponta até à outra”, frisou.
O governante aproveitou ainda para justificar a deslocação a Tondela (que valeu uma queixa na Comissão Nacional de Eleições por parte do Partido Socialista), “por ser mesmo um auto de consignação, por passar mesmo à obra”. “Eu não virei aqui para fazer mais promessas”, afirmou.
Luís Montenegro disse ainda que estas intervenções no IP3 vão dar “mais segurança”, “mais rapidez na mobilidade” e vai tornar “a economia mais competitiva”, potenciando assim a coesão territorial.
Luís Montenegro frisou que, além desta requalificação, o Governo já pediu à Infraestruturas de Portugal para que, até junho, apresente um plano de ação para a criação da autoestrada entre Santa Comba Dão e Souselas (Coimbra) e referiu a ligação do IP3 à A13”.
“Será, no futuro, uma ligação privilegiada desta região, a todo o contexto sul, e em particular ao novo aeroporto de Lisboa, em Alcochete”, disse.
Na cerimónia, o presidente da Infraestruturas de Portugal, Miguel Cruz, afirmou que as obras já podem ir para o terreno.
A empreitada, que passa pela duplicação e requalificação do IP3 entre Santa Comba Dão (km 90+200) e Viseu (km 117+722), vai permitir, além de melhorar a via e aumentar a segurança, reduzir o tempo de percurso.
A obra foi adjudicada no ano passado por 103 milhões de euros à construtora espanhola Ferrovial, com um prazo de execução de 870 dias.
Miguel Cruz aproveitou para enumerar as intervenções que vão decorrer, nomeadamente o alargamento da plataforma, em perfil de duas vias; melhoria do traçado (retificação e alargamento); restabelecimento das vias intercetadas; alteração e remodelação dos nós existentes; adequação da rede de drenagem; reforço estrutural e funcional do pavimento rodoviário; obras de contenção, incluindo muros de betão armado e outros; reposição de serviços afetados; melhoria do sistema de sinalização e segurança; e reabilitação, reforço e alargamento de algumas obras de arte, e demolição e construção de outras.
Já a presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges, destacou a importância da obra que “vai trazer dinâmica económica e dinâmica social”.
A autarca deixou ainda um pedido a Luís Montenegro para que “dê corpo àquilo que está fora de Tondela. A intervenção do IP3 fora de Tondela”.
“Para circularmos em Tondela utilizamos as nossas estradas. O IP3 para nós é muitíssimo importante, mas também fora de Tondela. Os nossos votos é que a obra inicie rapidamente”, concluiu.