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João Pedro Antas de Barros: O balanço dos 49 anos de Abril, as ‘caldeiradas ideológicas’ e o futuro sem a ‘política do eu’

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 João Pedro Antas de Barros: O balanço dos 49 anos de Abril, as 'caldeiradas ideológicas' e o futuro sem a ‘política do eu’
25.04.23
fotografia: Jornal do Centro
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 João Pedro Antas de Barros: O balanço dos 49 anos de Abril, as 'caldeiradas ideológicas' e o futuro sem a ‘política do eu’
14.01.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 João Pedro Antas de Barros: O balanço dos 49 anos de Abril, as 'caldeiradas ideológicas' e o futuro sem a ‘política do eu’

João Pedro Antas de Barros, fundador do Instituto Politécnico de Viseu, instituição de ensino que presidiu durante vários anos, foi o convidado-conferencista da sessão de comemoração do 49º aniversário do 25 de Abril.

Na sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Viseu, o também antigo governador civil de Viseu e ex-deputado na Assembleia da República, fez uma comunicação com o tema “25 de Abril – Um caminho para o futuro” onde começou por dizer que, 49 anos depois da revolução, “nem tudo evoluiu como tantos esperavam”.

“Passaram quase 50 anos, tempo que já nos permite possuir uma visão objetiva e crítica sobre o efeito do movimento de Abril na sociedade portuguesa. No dia em que comemoramos mais um ano, do movimento do 25 de Abril, parece poder concluir-se que nem tudo evoluiu como tantos esperavam, porque da certeza de ontem existe hoje um clima de incerteza em relação aos resultados que todos esperávamos”, destacou.

Numa sessão que aconteceu na Casa Social de São Pedro, em Sanguinhedo, na freguesia de Côta, João Pedro Antas de Barros falou na “frustração” de alguns portugueses “por não se terem atingido em plenitude as pretensões que o ato político-militar desejava atingir”.

Se por um lado, admite, “os cidadãos mais otimistas esperam alcançar tudo o que então foi prometido”, “os mais céticos vão perdendo alguma esperança”. “Posições antagónicas” que o antigo governador civil entende como “perfeitamente compreensivas em democracia”.

João Pedro Antas de Barros apontou ainda o dedo às “caldeiradas ideológicas”, que só serão evitadas quando “os valores de Abril penetrarem o coração e a cabeça dos portugueses”.

“Que se excluam as más interpretações das várias realidades político-partidárias para que os portugueses possam finalmente trilhar os caminhos de Abril”, frisou, destacando ainda que é preciso “acabar com a política do eu, opositora à do nós”.

“É preciso caminharmos todos no mesmo sentido, para que possamos sentir orgulho em sermos portugueses e acompanhantes do movimento dos jovens capitães do 25 de Abril”, finalizou.

 João Pedro Antas de Barros: O balanço dos 49 anos de Abril, as 'caldeiradas ideológicas' e o futuro sem a ‘política do eu’
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