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Os quatro jovens acusados de abuso sexual de uma rapariga incapaz de resistência começam a ser julgados esta quinta-feira no Tribunal de Viseu.
A vítima, que pediu para não se cruzar com os arguidos durante as sessões, queixa-se de ter sido abusada sexualmente à vez pelos rapazes que, segundo a acusação, sabiam que a jovem não estava em condições de opor resistência aos atos sexuais que com ela levaram a cabo.
Tudo aconteceu em fevereiro de 2022, durante uma saída à noite, numa discoteca onde estavam os arguidos, a vítima e uma prima desta. Durante algum tempo mantiveram-se todos juntos, já que eram conhecidos. Ainda no interior do espaço noturno, os jovens tentaram beijar e “apalpar” a vítima, “o que a mesma recusou e impediu várias vezes”, segundo consta da acusação.
O Ministério Público afirma ainda que “durante todo o período em que se mantiveram junto da [vítima], os arguidos aperceberam-se que a mesma se encontrava embriagada sem controlo sobre o seu corpo e a sua vontade aproveitando-se desse facto que a tornava incapaz de opor resistência aos atos que levaram a cabo, assim a constrangendo e perturbando”.
Quando a discoteca fechou, um dos arguidos “colocou um dos seus braços sobre o ombro da [vítima] com o propósito de a guiar para o exterior, e a [vítima], porque se mantinha embriagada e não se encontrava na posse de todas as suas capacidades motoras e de raciocínio, continuou a caminhar juntos dos quatro arguidos, por eles amparada, que a encaminharam para a casa onde residiam” três dos rapazes.
Foi nesta habitação, na Rua Formosa, no centro de Viseu, que os quatro arguidos terão cometido os vários abusos, apesar da vítima ter dito que não queria estar naquele local. “…Eu não quero estar aqui… quero ir para casa”, lê-se na acusação, que esclarece ainda que, apesar desta demonstração, os arguidos não a deixaram sair, tendo um deles a agarrado pelos braços e guiado para dentro de um dos quartos do apartamento”
Já dentro do quarto, e como queria descansar, a [vítima] “deitou-se de costas na cama e fechou os olhos”, diz o MP. Foi então que as investidas e os abusos aconteceram,.
Primeiro um dos jovens, “aproveitando-se da falta de discernimento e do estado de embriaguez da vítima, aproximou-se dela e beijou-a na boca, enquanto esta, ia dizendo, virando a cara, “Não! Não!”. Ignorando a vontade da vítima, o jovem acabou por despi-la e violou-a. O mesmo fizeram, à vez, os restantes arguidos. “…satisfizeram os seus instintos libidinosos, aguardando cada qual pela sua vez e assistindo ao que os outros iam fazendo com a [vítima]”, acusa o MP.
o MP, “os arguidos agiram sempre livre, voluntária e conscientemente, de forma concertada e em conjugação de esforços e intentos, bem sabendo que as suas condutas eram proibidas e punidas por lei como crime”.