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Jovens de Viseu apresentam projeto musical com Capicua e Gongori

Iniciativa “Três Tempos” promoveu a envolvência de jovens entre os 12 e os 16 anos com Gonçalo Alegre e Capicua durante quatro meses, onde desenvolveram vários temas musicais

 Jovens de Viseu apresentam projeto musical com Capicua e Gongori - Jornal do Centro
09.04.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Jovens de Viseu apresentam projeto musical com Capicua e Gongori - Jornal do Centro
09.04.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Jovens de Viseu apresentam projeto musical com Capicua e Gongori - Jornal do Centro

O Teatro Viriato apresenta esta sexta-feira, dia 11, o resultado da primeira edição do projeto “Três Tempos”, desenvolvido pela Capicua e por Gongori (Gonçalo Alegre) em colaboração com jovens da região de Viseu, entre os 12 e os 16 anos. Esta apresentação é fruto de quatro meses de criação musical, e sobe ao palco do Teatro Viriato às 19h00.

Com a ajuda tanto do músico e compositor como da rapper, os jovens escreveram e compuseram músicas através de um olhar coletivo sobre o mundo, aplicando ao processo criativo as suas vivências e sentimentos. “A ideia deste projeto era começar com a palavra, com o texto, e depois partir para o processo de composição, subvertendo o método habitual. Aqui partimos do texto, do debate sobre um tema, e apontámos uma série de caminhos possíveis para uma abordagem desse tema. Definimos essa abordagem e começámos a concretizar a letra e, a partir dessa letra bem estruturada, bem pensada, eles foram trabalhar na composição com o Gonçalo”, explicou Capicua, salientando que houve da sua parte uma preocupação em “passar muitas ferramentas e coisas mais práticas, as minúcias do ofício”.

“Aquilo que eu acho que foi mais importante transmitir-lhes foi como é que se alimenta uma ideia, porque às vezes é uma coisa muito vaga e é preciso não só concretizá-la, como desenvolvê-la. Às vezes, uma letra pode vir do jogo de palavras, de uma imagem, do jornal, mas é preciso que nós pensemos, primeiro, no que é que queremos dizer, qual é a nossa mensagem, e depois como é que a vamos dizer, qual a nossa abordagem”, referiu ainda a artista do Porto.

Além do aspeto simbólico e criativo em torno dos temas escolhidos e da passagem das suas vivências para as letras e os instrumentos, os jovens desenvolveram ainda competência técnicas, nomeadamente no que diz respeito à composição musical, algo a que Gongori prestou especial atenção. “Desde o início que tanto a Capicua, como eu, quisemos muito passar a bola para o lado deles, que fossem eles a fazer. Eu sou dessa equipa de os incentivar a fazer, de lhes dar ferramentas para eles poderem fazer, serem autónomos e construírem eles as próprias canções. No fundo, eu senti-me um bocadinho como um guia ao ajudá-los tecnicamente. Como é que se faz aqui? Como é que se pode resolver ali? Quais é que são as possibilidades? No campo da música eletrónica, que softwares é que existem?  O processo foi bastante partilhado e foi bastante dinâmico”, afirmou o músico viseense.

“É importante as pessoas saberem isto. Os sons que estamos a utilizar foram eles que recolheram em contexto de ensaio. Tudo isso foi desenvolvido por eles, que terminam o projeto com essas competências mais apuradas”, concluiu ainda Gongori.

O primeiro encontro entre os jovens viseenses e os artistas surgiu ainda em 2024, no dia 11 de dezembro, com uma masterclass dirigida aos futuros músicos. Na altura, a produtora do Teatro Viriato, Maria João, explicou ao Jornal do Centro o processo por trás da escolha de Capicua e o que levou à criação de “Três Tempos”.

“Os jovens identificam-se muito com as letras e com a música dela. Achámos que seria um ótimo arranque para esta primeira edição”, afirmou na altura Maria João sobre Capicua. Já em relação ao próprio projeto, a produtora explicou o desejo por um formato onde os jovens pudessem ter “voz e a oportunidade de também criarem, de trazeres as suas questões e perspetivas para este espaço”. Além disso, Maria João viu o projeto como uma forma de descentralizar oportunidades e de envolver jovens viseenses num processo artístico profissional. “Muitos destes jovens passaram pela fase crítica da pandemia e não tiveram experiências como esta. Queremos criar um ambiente onde possam expressar-se”, disse ainda a produtor em dezembro do ano passado.

Também para Gongori, como explicou o músico viseense ao Jornal do Centro há cerca de cinco meses, esta “é uma ação muito relevante para estimular a criação artística e permitir a troca de saberes”. “Também é um espaço de acolhimento para quem tem interesse na escrita ou na musica, mas não encontra onde o fazer”, afirmou.

O projeto “Três Tempos” é coproduzido pelo Teatro Viriato, pela Culturgest (Lisboa) e pelo Theatro Circo (Braga), locais onde tem sido desenvolvido este trabalho de criação musical junto dos mais novos. A 3 de maio, os três grupos – de Viseu, Lisboa e Braga – apresentam-se na capital minhota, no mesmo dia em que o Theatro Circo celebra o seu aniversário e no ano em que Braga é Capital Portuguesa da Cultura. Além disso, o projeto pretendeu proporcionar um espaço de diálogo e expressão artística que fosse ao encontro das aspirações dos jovens.

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