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O centro de repouso na localidade de Pereiro, no concelho de Sátão, onde há uma semana desapareceu um utente pediu recentemente as pulseiras “Estou aqui” da PSP, uma medida de reforço de segurança e salvaguarda para os restantes utentes.
Desde que a instituição abriu, em 2004, não há registo de um caso de desaparecimento e os responsáveis garantem que a segurança sempre foi uma prioridade.
“Não podemos ter nada trancado, porque não se trata de uma prisão ou de uma instituição que impossibilite a circulação dos utentes, nem sequer o podemos proibir, salvo algumas exceções. Mas, a segurança dos utentes sempre foi uma grande preocupação e sempre criamos as condições para que todos estejam seguros”, explica Marisa Bartolo, diretora técnica da instituição.
Assim, para salvaguardar os cerca de 90 utentes da instituição, os responsáveis fizeram já o pedido das pulseiras da PSP. O programa “Estou aqui” tem como objetivo facilitar o encaminhamento de adultos ou crianças que se percam ou desorientem na via pública. Na pulseira, que pode ser pedida pelo cidadão ou pela instituição que frequente, é imprimido um código que contem toda a informação da pessoa/instituição responsável.
A versão mais conhecida do programa é a das pulseiras para crianças, só este ano foram pedidas perto de 500, já adultos foram pedidas apenas cinco. A pulseira é gratuita, pedida online e pode ser levantada na PSP.
Homem que desapareceu há uma semana é autónomo
Carlos Alberto Simões Manata, de 59 anos, ausentou-se do interior do centro de repouso, onde está desde fevereiro, e a instituição garante que não sabe “o que motivou a saída”. Segundo a diretora técnica, o utente, que é do distrito de Aveiro, era “autónomo e não tinha demência”.
“O senhor Carlos é uma pessoa bastante autónoma, circulava sozinho, tinha telemóvel e costumava ir até ao jardim. O utente tem uma doença neurológica degenerativa que lhe causava algumas dificuldades de locução e na fala, mas não sofre de demência”, explica.
O homem saiu da instituição na manhã da passada terça-feira (4 de julho) e não voltou a ser visto. No dia em que desapareceu chegou a falar com responsáveis pelo centro de repouso através de telemóvel, onde indicou que estava perdido, mas horas depois deixou de ser possível efetuar novos contactos.
“As imagens de videovigilância mostram o senhor Carlos a sair às 9h53, às 10h30 já estávamos à procura dele na instituição”, recorda Marisa Bartolo. Para procurar o homem, a GNR montou um dispositivo que chegou a ser composto por dezenas de operacionais das autoridades e dos bombeiros, sete equipas cinotécnicas, um drone e um meio aéreo. Foram percorridos vários quilómetros na área envolvente à instituição, que é marcada por mato e silvado.
Uma semana depois, as autoridades não têm pistas do homem. “O dispositivo já foi desmobilizado, estando uma patrulha local para despiste de informações que possam surgir”, disse fonte da GNR.
Mas, as buscas continuam no terreno com vários elementos da instituição e populares. “Temos tido uma enorme onda de solidariedade e compreensão por parte das pessoas. Não vamos desistir de procurar o senhor Carlos, vamos continuar a percorrer os caminhos possíveis. Ontem terminamos as buscas às 21h30, hoje já esteve um grupo de manhã e vamos voltar à tarde. Não vamos parar de procurar e pedimos a todos que nos ajudem, se cada um vir no seu terreno já é muito bom”, pediu Marisa Bartolo, diretora técnica da instituição.