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O Bloco de Esquerda de Viseu apresentou este sábado, 12 de abril, a lista às próximas eleições legislativas. Catarina Martins marcou presença, assim como a mandatária da lista, Graça Marques Pinto, e os primeiros candidatos, David Santos e Fátima Teles.
A apresentação da lista às próximas eleições decorreu num jantar-convívio, onde Catarina Martins, durante a intervenção, alertou para “o perigo da normalização do discurso belicista na Europa”, e afirmou: “Se nos dizem que vivíamos na ilusão da paz permanente, e se a geração anterior lutou para acabar com a guerra, recuso-me a aceitar a inevitabilidade de que a geração das minhas filhas tenha de ir para a guerra”.
David Santos é o cabeça de lista do Bloco de Esquerda de Viseu e está focado nas “dificuldades crescentes no acesso ao Serviço Nacional de Saúde”, assim como “na degradação dos serviços públicos”. David Santos lamenta que “tudo é pretexto e ocasião para encerrar, por exemplo, umas urgências pediátricas, mais uma valência ou extensão de saúde, porque no final do dia o que interessa é tornar a oferta privada de saúde incontornável. Mesmo se isso implique custos brutais para quem vive do seu salário ou de uma pensão baixa, assistindo assim à degradação da sua qualidade de vida”.
Já Fátima Teles, durante a sua intervenção, deu destaque à realidade das populações do interior, e sublinhou que “viver no interior de Portugal é, para muitos, um ato de resistência silenciosa”. A candidata lamenta que, no interior, haja escolas a fechar por falta de crianças, assim como centros de saúde a perder médicos, “transportes a desaparecer e os serviços mais básicos vão sendo cortados, como se a vida no interior fosse um luxo ao invés de um direito”.
Fátima Teles afirmou que “o resultado é sempre o mesmo”. A candidata acredita que as pessoas não partem por escolha, mas “porque as condições para ficar lhes foram retiradas”, e reforçou “a necessidade de políticas públicas que garantam mobilidade, acesso à saúde, habitação digna e apoio à economia local, como condição essencial para fixar população e devolver vitalidade às aldeias e vilas do país”.
A deputada do Parlamento Europeu, Catarina Martins, disse que “uma Europa armamentista e apostada na guerra é uma Europa contra as pessoas e compromete o futuro das novas gerações”.
Catarina Martins sublinha ainda a capacidade armamentista “superior à da Rússia” que a “Europa já detém”, e denuncia “a narrativa que tenta impor a necessidade de uma economia de guerra”. “Essa falácia compromete o investimento no combate às alterações climáticas e enfraquece as funções sociais do Estado, nas áreas da saúde, habitação, educação e na melhoria das condições de vida das pessoas”, acrescenta.
O Bloco de Esquerda reforça que os seus compromissos centram-se na “defesa da paz, da justiça social e dos serviços públicos, defendendo uma sociedade que coloque as pessoas e os seus direitos no centro das políticas”.