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A cidade de Viseu tem oito mesas de voto para os mais de 3 mil eleitores que se inscreveram para o voto antecipado em mobilidade. Mais uma vez a Escola da Ribeira foi o local escolhido para a votação antecipada.
O ano passado, nas presidenciais, havia apenas uma fila única. Este ano, nas eleições para o Parlamento, os serviços do município decidiram criar corredores para cada uma das oito mesas, evitando assim concentrações de pessoas.
Quem chega à porta do estabelecimento de ensino só tem que consultar a lista de nomes para ver em que secção vai votar. O tempo de espera não é elevado.
Às 08h00, na hora de abertura da mesas, já havia 15 pessoas à espera.
“Foi mais rápido do que estava a contar, esperei dois minutos e votei”, salientou João Almeida, de 42 anos, que decidiu votar antecipadamente porque no próximo domingo não poderia participar nas eleições.
Também o árbitro de basquetebol João Alexandre, de 33 anos, passou na manhã deste domingo pela Escola da Ribeira e não esperou mais de cinco minutos para cumprir o seu dever cívico.
“Havia a possibilidade de no próximo domingo ter o dia ocupado e então vim hoje. É mais prático e foi rápido, assim já fica arrumada a situação. Eu não estava indeciso, sei bem em quem queria votar e pronto já ficou feito”, disse.
Já Dorinda Abrantes, de 72 anos, elogiou a forma “fácil e rápida” com que o processo decorreu. A idosa resolveu votar hoje “para evitar mais filas no domingo”.
Fernando Fernandes, de 54 anos, natural de Fragosela, em Viseu, também aproveitou hoje a oportunidade para cumprir o seu direito de voto.
“Vim pelo facto de estarmos em situação de pandemia, para ser mais seguro. Estava à espera de haver menos pessoas a votar. Em Fragosela há sempre menos gente, é entrar e sair e aqui há mais gente, mas correu tudo bem”, garantiu.
A jovem Mariana Oliveira, 22 anos, foi votar com a avó. Só a mais jovem aceitou falar ao Jornal do Centro.
“Vim votar porque queria evitar mais confusão no próximo domingo. Correu tudo bem, foi muito rápido, foram todos muitos simpáticos. Pensei que ia estar numa fila considerável, mas não, dirigi-me à sala e entrei logo”, contou.
O casal Maria Inês Rodrigues e Ricardo Silva deslocou-se de Coimbra, onde trabalha para Viseu, para ver a família e aproveitou para votar já que no dia 30 de janeiro não pode.
“Juntámos o útil a ao agradável, votámos e viermos ver a família”, declarou Maria Inês Rodrigues.
“É importante votarmos para ver se mudamos um bocadinho o paradigma da política atual e ver se o país melhora um bocadinho”, acrescentou Ricardo Silva.
A grande maioria das pessoas com quem falámos era natural do concelho de Viseu, mas também houve pessoas de fora a votar. Foi o caso de Carolina Costa, de 24 anos, natural da Guarda.
A estudante de mestrado na Escola Superior de Educação disse que “na próxima semana não tinha possibilidade de ir a casa” porque tem mais trabalhos para fazer e ainda o estágio.
“Não pensei duas vezes em vir porque é um direito e um dever, temos que vir todos”, defendeu.
Com Carolina estava a colega de mestrado Andreia Bernardo, de 22 anos, natural da Madeira. A jovem não ia de “propósito à ilha para votar”.
“É muito longe então venho sempre que posso. Este ano foi melhor do que nas presidenciais porque a organização está melhor e a fila é muito menor. O ano passado esperei mais de meia hora para votar”, adiantou.
3.627 inscritos
Para votar antecipadamente inscreveram-se em Viseu 3.627 eleitores, a grande maioria de Viseu (2.943), mas também de Lisboa (195), Porto (118), Aveiro (59) e de Cimbra (52). Face às últimas presidenciais inscreveram-se mais 1.181 pessoas.
A maioria afluência levou a Câmara de Viseu a criar mais três mesas de voto. São agora oito as seções disponíveis. Para lá chegar os cidadãos seguem corredores que foram criados para o efeito e que estão devidamente assinalados.
“Aumentámos o número de mesas e existem várias filas no sentido de permitir celeridade, normalidade e que as pessoas votem em segurança. Temos oito mesas, mais três, de forma a que o processo decorra com normalidade”, afirmou o vice-presidente do município, acrescentando que este modelo vai ser replicado no próximo domingo.
João Paulo Gouveia considerou “normal” este aumento do número de inscritos. Acredita que se deve à pandemia e ao facto de os cidadãos estarem “apreensivos” com o aumento de casos.
Voto eletrónico
Na opinião do autarca, e devido à pandemia, deve ser equacionado pelo próximo Governo o voto eletrónico.
“É uma discussão que tem que ser colocada em cima da mesa. Temos uma logística muito grande e um elevado número de pessoas envolvidas e de papéis, o país tem que discutir de uma vez por todas o voto eletrónico que seria uma solução mais cómoda e uma forma também de ter mais pessoas a votar devido a essa comodidade”, defendeu.