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A Linha da Beira Alta, que está encerrada devido a obras de modernização, deverá reabrir até ao final do primeiro semestre de 2024, na sequência de uma “continuidade dos constrangimentos”, avançou esta sexta-feira (10 de novembro) a Infraestruturas de Portugal (IP).
Contactada pela agência Lusa, a IP disse prever “que a reabertura da linha à exploração (com catenária em funcionamento) ocorra até final do primeiro semestre de 2024”.
Em maio, no final de uma visita a um troço da obra entre Mangualde e Celorico da Beira, o vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, garantiu que estava a ser feito “um esforço imenso” para que a linha reabrisse no próximo domingo.
A IP negou que o não cumprimento desta data seja um “novo atraso”, argumentando que o que se verifica é “uma continuidade dos constrangimentos, nomeadamente a falta de capacidade do mercado da construção (subempreiteiros, materiais, equipamentos e mão de obra) resultante da atual conjuntura mundial, bem como do período de forte investimento que o país atravessa”.
“A este complexo cenário juntou-se o furto generalizado de catenária (fio de contacto e ‘feeder’ em cobre)”, acrescentou.
A IP assegurou que manterá os apoios financeiros aos operadores de mercadorias e de passageiros e a CP (Comboios de Portugal) o serviço de transbordo, “tendo em vista a minimização dos impactos”.
No passado dia 26 de outubro, foi publicado em Diário da República Lançado concurso de transporte de substituição na Linha da Beira Alta na Linha da Beira Alta.
O concurso, lançado pela CP, visa a “prestação de serviços de transporte rodoviário de substituição nos troços Coimbra/Guarda/Coimbra, Mangualde/Coimbra/Mangualde e Guarda/Vilar Formoso/Guarda, por interrupção da circulação ferroviária, em virtude da modernização da Linha da Beira Alta”.
O procedimento tem um prazo de execução de oito meses, após a adjudicação que, de acordo com os prazos do concurso, só deverá ocorrer no final do ano.
Em abril de 2022, quando a Linha da Beira Alta foi cortada, a IP estimou que assim se mantivesse por um período de nove meses (até janeiro deste ano).
A necessidade de encerramento integral da linha foi na altura justificada pelas “características técnicas específicas dos trabalhos a realizar em diversos locais ao longo do troço”.
O não-cumprimento de mais uma das datas apontadas pela IP tem motivado críticas de autarquias.
No final de setembro, a Câmara Municipal de Nelas aprovou, por unanimidade, uma moção em que manifestava preocupação com os atrasos, devido ao “forte impacto” na economia local e na mobilidade dos cidadãos.
Na mesma altura, a Assembleia Municipal da Guarda aprovou, também por unanimidade, um voto de protesto contra o atraso da reabertura da Linha da Beira Alta e reclamou medidas imediatas para acelerar o processo de conclusão das obras.
Na quinta-feira, o presidente da Câmara Municipal de Viseu e da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, Fernando Ruas, Demissão: Linha da Beira Alta é mais uma obra a sofrer com situação política, diz presidente da CIM .
“Começamos a ficar habituados. Todos os prazos que são indicados, por uma razão ou por outra, são sempre adiados”, criticou.
A IP referiu à Lusa que não se prevê um aumento do custo da obra, que representa um investimento de 600 milhões de euros, integrado no programa Ferrovia 2020.
“De qualquer forma, o apuramento das verbas totais envolvidas no presente investimento (em vários contratos de empreitadas, prestações de serviços e de aquisição de materiais) só será efetuado no final”, acrescentou.
O Jornal do Centro contactou a Infraestruturas de Portugal no início deste mês de novembro, mas até agora não obteve qualquer esclarecimento sobre a Linha da Beira Alta.