A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões de 2025 para os…
No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
por
Jorge Marques
por
Pedro Baila Antunes
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
O novo comandante do Comando Distrital da PSP de Viseu, superintendente Rafael Dinis, garantiu esta terça-feira (12 de março) que a polícia vai continuar a fazer de tudo para garantir que esta seja uma cidade segura. O polícia foi recebido na câmara municipal, pelo presidente da autarquia, Fernando Ruas, para sessão oficial de cumprimentos nos Paços do Concelho.
Rafael Dinis Novo comandante da PSP de Viseu já tomou posse, regressando assim a uma “casa” que bem conhece. O superintendente foi 2º comandante da PSP de Viseu entre 2015 e 2019.
“Está a ser um regresso pacífico, ainda estamos muito no início. Já conheço a cidade, as pessoas e as dinâmicas. É evidente que as coisas mudam rapidamente, cada mês que passa é um mês com novidades. Mas, numa coisa Viseu continua constante, é uma cidade segura e estamos cá para garantir que continue assim”, disse ao jornalistas.
Já sobre a primeira conversa com o presidente da câmara, o novo comandante afirmou que Fernando Ruas fez “poucos pedidos” e que não reportou nenhuma preocupação especial a nível criminal, há exceção de “pequenas incivilidades”.
“Estivemos a fazer um breve ponto de situação e, a nível criminal, não há nenhuma preocupação em especial. Temos apenas alguns fenómenos de pequenas incivilidades, comportamentos que podem ser desviantes e que importa acompanharmos em conjunto. Dava como exemplo as concentrações tunning. Não é exclusivo de Viseu, é um fenómeno cíclico e muito associado à moda e ao efeito dos filmes e, recentemente, um até foi filmado na região”, disse, garantindo ainda que os polícias “estão atentos”.
Fernando Ruas sublinhou essas preocupações e pediu que mesmo que “seja um pequeno foco” as autoridades “não deixem que cresça”. “Mesmo que seja um pequeno foco em Jugueiros ou no Centro Histórico, nós que somos uma cidade segura não devemos deixar que isto cresça”, frisou.
Já questionado sobre se a videovigilância foi tema de conversa com o novo comandante, o autarca frisou que foi conversado. “Haveremos de voltar a esse tema rapidamente”, frisou.
“Falei com o senhor comandante na questão do Centro Histórico e Jugueiros, que já tinha sido começado com o antigo comandante e haveremos de voltar a esse tema rapidamente. A videovigilância é um dos equipamentos que queremos colocar, tem alguns cuidados em termos legais e é isso que estamos a tentar trabalhar, mas não temos nenhumas dúvidas em aplicar nesses dois locais, que é onde se veem mais fenómenos de algum distúrbio”, disse.
Já sobre os meios, o superintendente Rafael Dinis lembrou que “qualquer comandante quer ter sempre mais meios”, mas afirmou que não haverá um reforço em Viseu. “Estes são os adequados para a situação que temos. Gostávamos de ter mais, mas não nos podemos queixar”, frisou.
“Não é uma novidade que todo o setor publico tem sempre o problema dos meios e nós não somos exceção. Qualquer comandante gostaria de ter mais meios do que aqueles que tem. Quando há mais meios há sempre possibilidades para criar coisas novas. Novas dinâmicas, projetos novos, utilizar, por exemplo, viaturas de tipologia distinta no patrulhamento de uma cidade, apostar mais nos veículos elétricos”, acrescentou.
O novo comandante lembrou ainda que “Viseu foi dos primeiros comandos do país a ter as Segway em funcionamento no patrulhamento policial”. “Ainda só os melhores corpos de polícia do mundo tinham esse meio quando Viseu o implementou”, sublinhou.
Também sobre meios, Fernando Ruas aproveitou para dizer que gostaria que houvesse um rejuvenescimento dos polícias e que os comandantes ficassem mais tempo.
“Tenho feito o repto junto da tutela, porque há de facto uma rotação enorme de comandantes. São todos muito simpáticos, mas não sei quantos comandantes já conheci. É evidente que gostaríamos que estivessem mais tempo, daria outra consistência e estabilidade. Assim como os agentes, que gostava que viessem mais novos. Não que os outros não sejam cumpridores, mas era outra garantia se da escola de polícias viessem para o Interior. O que acontecesse é que ficam nos grandes centros urbanos e só vêm quando os deixam e por vezes já muito perto da reforma”, lamentou.
Questionado se, há semelhança de outros distritos, a autarquia poderia substituir-se ao poder central no apoio às autoridades, Fernando Ruas lembrou que essa é a responsabilidade do Estado.
“Apoiar não é uma responsabilidade da Câmara e somos uma das 44 que temos uma Polícia Municipal e o nosso contributo está dado por essa via. Mas nunca nos furtámos, nem furtaremos, a colaborar. Tivemos um grande envolvimento no quartel da PSP, no quartel da GNR. Se há uma das coisas que nos orgulhamos, e que é fundamental que exista, é uma relação muito próxima das autarquias com os agentes da Proteção Civil”, finalizou.
O novo comandante falou ainda do atual estado das forças de segurança, garantido que está ao lado dos seus operacionais.
“Penso que é incontornável o reconhecimento da justeza da luta dos polícias. Falta é um pouco de trabalho na fórmula de solução. A aprovação de um suplemento teve como impacto os profissionais de outras forças de segurança sentirem uma afronta, porque todos já aceitavam de ânimo leve que as diferentes habilitações para o exercício da função justificavam vencimentos distintos. Mas já foi muito difícil convencer os profissionais que na questão de um suplemento que é destinado a compensar o risco em salubridade, penosidade, não seja garantido aos restantes”, frisou.
Ainda assim, Rafael Dinis afirmou que tem “fé no futuro”. “Em Portugal, toda a gente sabe que na primeira linha de resposta estão polícias fardados [PSP e GNR]. Tenho fé no futuro porque acredito que não há outro caminho que não seja materializar esse reconhecimento, mas falta a parte dos montantes, qual é, como se faz o cálculo, qual a indexação, porque isso é que está por fazer. Acredito que será uma das prioridades do novo executivo e os polícias vão ter que “dar tempo ao tempo” porque são questões complexas”, disse.