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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
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João Azevedo
Paulo Catalino, presidenre da Câmara Municipal de Carregal do Sal
Que balanço faz destes três anos?
Foram três anos de muita dedicação, foi preciso aproveitar o que restava de tempo para completar aquilo para completar aquilo que eram os nossos projetos e que estavam inseridos no Portugal 2020. Até ao final do ano de 2020 estivemos muito centrados em completar obras tão importantes para o nosso concelho, como o Museu Aristides Sousa Mendes ou algumas ETAR [Estação de tratamento de águas residuais] que eram prioridade do anterior executivo. Houve necessidade de darmos prioridade absoluta a estes projetos para também não perdermos as verbas que estava consignadas para Carregal do Sal.
O que falta fazer neste ano que ainda tem pela frente?
Já iniciámos a requalificação do nosso centro de saúde, esperemos que esteja pronto ainda no final do meu mandato e iniciaremos a requalificação da escola secundária, que é uma escola muito importante para todo o concelho. Também já começámos a dar passos firmes naquilo que diz respeito à habitação, não só no 1º Direito, mas também na habitação a custos acessíveis. Penso que somos o concelho da CIM [Comunidade Intermunicipal] Viseu Dão Lafões que tem mais projetos apresentados para este tipo de habitação, porque sabemos que é uma necessidade do nosso concelho.
Educação, saúde e habitação, outros pontos importantes destes anos?
Ninguém se fixa no nosso concelho se não tivermos mercado de emprego, habitação e se não tiver os serviços de educação e saúde, que lhe deem complemento, para além de todas as outras questões como a cultura, o acesso a um concelho que seja aprazível para dar qualidade de vida. Acredito que no próximo ano sejamos capazes de conseguir grande parte destas obras que são estratégicas para nós, para que o concelho se continue a desenvolver e possa, de alguma forma, criar esta possibilidade de se fixarem no concelho e podermos aumentar o número de pessoas. Temos tido esse sinal, através de pessoas que vêm de outros países, já são mais de 800 pessoas que se fixaram no nosso concelho nos últimos três anos e queremos que este trabalho continue.
Se tivesse que destacar uma obra que demonstrasse aquilo que eram os objetivos para este mandato, qual destacaria?
Não posso negar que todas as obras são importantes, mas há uma que era a minha prioridade absoluta. Foi, aliás, a grande razão pela qual me candidatei, que é o projeto ligado a Aristides Sousa Mendes. O museu é a “menina dos meus olhos”, penso que é a grande âncora de desenvolvimento do meu concelho e tem vindo a representar muito para o nosso comércio e restauração. Só nos últimos quatro meses, mais de 20 mil pessoas vieram visitar o museu. Temos à volta de cinco mil visitantes por mês. O museu constitui-se como uma grande âncora. Grande parte das pessoas que vem visitar o museu aproveita a restauração do concelho, compra no comércio os produtos endógenos. Temos que ter projetos diferenciados e o projeto diferenciador é o Museu Aristides Sousa Mendes. E com isto vêm outros projetos, não só o Centro de Acolhimento e Integração de Refugiados, que nós queremos concluir até março/junho de 2026, como também a potenciação do turismo.
O que é que não vai conseguir concretizar até terminar estes quatro anos?
Temos algumas lacunas que têm a ver com o processo que decorreu do PDM [Plano Diretor Municipal], que demorou muito tempo. A parte empresarial poderia ter ido um pouco mais longe, não consegui tantas empresas como queria para o nosso concelho. É verdade que depois do PDM aprovado já conseguimos ampliar a nossa zona industrial, que tem capacidade para receber até mais oito empresas, quatro delas estamos a tratar dos contrato-programa. Queria ter ido mais longe nesta área empresarial, mas a verdade é que em quatro anos não é possível fazer tudo. Apesar de o nosso tecido empresarial ter aumentado, já que aumentou não só o número de pessoas nas empresas, como aumentou o volume de negócios, não consegui foi atingir os resultados que queria.
Que obstáculos encontrou pelo caminho?
A máquina burocrática do Estado é muito grande e temos muita dificuldade em acelerar procedimentos. Se tudo funcionasse à velocidade dos presidentes de câmara, as coisas andariam mais rápido. Uma pessoa que queira fazer uma obra no seu concelho precisa de a programar, candidatar e tratar de todas as formalidades e às vezes é preciso um mandato. Há ideias que queremos implementar logo no primeiro dia em que assumimos funções e acabamos por só as concretizar no terceiro ou quarto ano.
Outro obstáculo, que hoje em dia é um grande problema, é a falta de mão de obra. E isso acontece precisamente nestas alturas em que temos muita necessidade de concretizar e as empresas não dão resposta. Tive alguns concursos vazios, como aconteceu em outros concelhos, e não é por falta de preços acessíveis. Há uma demanda de tantas obras que as empresas não conseguem dar resposta a tudo. Nunca tivemos tantas empresas a pedir prolongamento de prazos.
A aposta nas energias renováveis também é outro obstáculo. Precisávamos de ter outra sensibilidade e mais apoios. A capacidade de melhorar os nossos concelhos potenciando, através de uma maior sustentabilidade, os gastos que temos na área da energia, os recursos como a água, resíduos ou saneamentos.
Por outro lado, o que é que o surpreendeu no desempenho das funções de autarca?
A grade capacidade de as associações se mobilizarem connosco para algumas causas. Muitos dos nossos concelhos vivem desta energia, deste voluntariado que as associações imprimem. O que me surpreendeu mais foi ver que tantas pessoas, de uma forma tão generosa, se voluntariam para trabalhar nas associações e, cada um na sua área, ajuda a melhorar as suas freguesias e territórios onde estão inseridos. Foi uma surpresa muito grande sentir que as pessoas estão disponíveis para trabalhar connosco e para se sentirem parceiros nas estratégias do nosso concelho e das freguesias. E os autarcas também têm feito um trabalho extraordinário. Os presidentes de junta são muito generosos e são o pronto-socorro das nossas populações, não só nos momentos maus, como também na promoção que temos de bom na nossa cultura e traições.
Vai recandidatar-se. Caso vença, o que pode esperar-se?
Uma coisa que posso prometer é trabalho, como tenho feito ao longo destes três anos. O meu primeiro orçamento foi de 12 milhões de euros e neste momento é um orçamento de 62 milhões de euros. Só nestes três anos, quintuplicamos o orçamento e isto faz-se com trabalho. Ninguém consegue ter um orçamento com este valor ambicioso e que não sabemos se vamos concluir tudo em 2025. Algumas coisas podem ir para 2026, mas a verdade é que estamos determinados em conseguir fazer acontecer. Diria que, além destas obras que estamos a lançar e que vão estar envolvidas no primeiro/segundo ano de mandato, temos muitas aspirações para darmos outro sinal às pessoas na área da cultura, natureza ou turismo. As pessoas pelo facto de viverem no interior não têm que perder o acesso a tudo que de melhor se faz no nosso país. Vou centrar o meu segundo mandato na criação de condições para que a tal qualidade de vida seja levada muito a sério. Temos muito caminho a fazer, sempre com um equilíbrio financeiro. Aumentámos a dívida, é uma verdade, mas é impossível fazer a obra sem a aumentar. Continuamos a ter uma estabilidade financeira muito boa.