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No concelho de Nelas já terão ardido mais de dois mil hectares. Os prejuízos causados pelos incêndios que assolaram a região nos últimos dias ainda estão a ser aferidos, mas acredita-se que a área ardida já ultrapassou os dois mil hectares.
“Estamos a aferir o impacto dos incêndios, mas falamos em mais de dois mil hectares, mas ainda não temos essa validação e são dados precoces”, avançou ao Jornal do Centro o presidente da Câmara Municipal de Nelas, Joaquim Amaral.
Joaquim Amaral disse ainda que está a ser feito o levantamento dos danos patrimoniais, verificados sobretudo na área florestal e agrícola.
“Os danos patrimoniais estão a ser apurados, mas serão de alguma relevância. Estamos a falar de casas de campo, anexos, alfaias, tratores, veículos e tudo o que é ligado à parte animal, de pastoreio e centeio”, explicou.
Os incêndios no concelho fizeram ainda seis feridos, cinco civis e um GNR, que já tiveram alta. Há ainda a registar a destruição de uma habitação na freguesia de Senhorim, sendo que a moradora foi realojada em casa de familiares. Houve também a necessidade de deslocar alguns moradores por precaução, mas que já regressaram às suas habitações.
Esta terça-feira (17 de setembro), a situação no concelho está “menos complicada”, mas há ainda localidades que merecem a atenção dos bombeiros, nomeadamente as freguesias de Senhorim e Vale de Madeiros.
“Está mais calmo, mas há ainda zonas complicadas. Tivemos muitos focos de incêndio, muito material lanhoso que ardeu e terrenos com temperaturas elevadas. Hoje continuamos com temperaturas elevadas, humidade relativa baixa, densidade seca do ambiente e ventos fortes e esperamos que não se verifiquem reacendimentos”, sublinhou o autarca.
Além das condições atmosféricas, o autarca sublinhou que a falta de meios foi um dos problemas e deixou uma palavra de agradecimento a todos os populares que ajudaram no combate às chamas.
“De relevar o que foi o apoio dos populares, o espírito colaborativo de proteger o seu património e o da comunidade”, disse.
Joaquim Amaral deixou ainda uma mensagem de pesar aos familiares e amigos dos três elementos da corporação de Vila Nova de Oliveirinha (Tábua) que morreram no combate aos incêndios. “Há a lamentar a perda de três vidas, três bombeiros. Os danos patrimoniais são elevados, mas não é nada que não se possa reverter, mas a vida humana é irreparável. Um pesar sentido na perda de vidas humanas, de bombeiros que pugnavam por interesses coletivos”, destacou.