As lojas online transformaram a forma como fazemos as nossas compras. Num…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Aqui está ela! Nala, a verdadeira guerreira da sua história! Esta cadela…
por
Miguel Varzielas, ortopedista no Hospital CUF Viseu
por
Rita Andrade, Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária, UCC Viseense
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
Fazia falta falar sobre amor num livro infantil?
Sim. O leque de escolhas em termos de literatura infantil é vasto. Temos bastantes opções. No entanto, este tem um foco muito especial na relação entre avós e netos. É o fruto emocional que os meus avós deixaram na minha vida. É um livro dedicado à minha filha e que, à semelhança que tive com os meus avós, também tem uma relação de proximidade com os avós. Uma presença diária. Creio que isso só pode ser positivo para o crescimento e para o desenvolvimento da Benedita.
Que avós teve a Adriana?
Tive o avô Aníbal e a avó Dolores, paternos, que embora não vivessem tão próximos de mim, estavam muito presentes na minha vida. Eu era a neta que ia passar as férias a casa dos avós.
Era a neta mais velha?
Sempre a mais nova, nos dois casos. Somos uma família muito pequena. Só tenho dois primos direitos, um do lado do meu pai, outro do lado da minha mãe. E eu sou a única neta. Da parte materna, só conheci a minha avó Isabel, que perdi há quatro anos. Neste momento, já não tenho avós. Estarão certamente a olhar por mim. Infelizmente não conheci o meu avô materno. Já tinha falecido quando eu nasci.
Que ensinamentos lhe deixaram?
Eu costumo dizer que se tive uma infância feliz, aos meus avós o devo. Os avós eram o aconchego, o colo, a pomada das feridas, não só físicas, como emocionais. Os doces partilhados em segredo. Eram o contrário dos pais, que tendem a ser, carinhosamente, o exagero das recomendações. Os avós são mesmo a nossa herança emocional. Ensinaram-me o amor, o cuidado, uma presença que cura. Tenho a certeza que me transmitiram valores como o da capacidade de me colocar no lugar dos outros, reconhecer e identificar as emoções dos outros. A proximidade e a ligação às raízes, à aldeia… Tudo o que se pretendia que acontecesse com todas as crianças e que, infelizmente, não acontece. Felizmente, comigo aconteceu e sou muito grata aos meus avós e à minha família. É a base segura. E sinto isso. As relações de proximidade com a família contribuem muito para a nossa felicidade.
(Ler mais na edição impressa desta sexta-feira, 9 de fevereiro, do Jornal do Centro)