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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Miguel Varzielas, ortopedista no Hospital CUF Viseu
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Rita Andrade, Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária, UCC Viseense
Mais carros e mais gente. De ano para ano as Cavalhadas de Teivas crescem e a prova está no grande cortejo e nas milhares de pessoas que fizeram o desfile que decorreu este domingo à tarde em Viseu.
Ninguém ficou indiferente aos carros alegóricos com motivos desportivos e infantis, como o grande dinossauro ou o minion futebolista, mas as atenções viram-se todas quando no cortejo chega a hora de desfilaram as “morgadinhas”.
Vestidos de época e sombrinhas, umas, e os pares com traje bem colorido e um chapéu de metros. São estes casais que mantém viva uma tradição com séculos.
A Morgadinha é uma dança centenária que vive da cor dos fatos usados por homens e mulheres, acompanhados de um andor à cabeça. A dança nasceu em 1643 e diz a tradição oral que foi trazida pelos filhos da terra que foram trabalhar para o Brasil. No regresso do “país irmão” trouxeram uma forma de dançar que se distinguia do que havia por cá. Inspiraram-se nos grandes bailes do Nordeste brasileiro. Inicialmente, a Morgadinha era apenas dançada por homens e tinha como finalidade criticar as indumentárias, usos e costumes da sua época.
Atualmente, as cavalhadas de Teivas são muito mais que esta dança. O longo cortejo é composto por bombos que chegam de várias localidades como Vila Chã de Sá (Viseu) ou S.Romão (Seia), cavalos, pauliteiros, ranchos folclóricos, bandas filarmónicas. Distribui-se o manjerico e pede-se para ajudar a festa.
E para ver tudo isto passar, milhares de pessoas desde o início do cortejo, junto à rotunda de Nelas, até ao Rossio e ruas adjacentes.
E não falta nada para quem está à espera para assistir ao desfile. Há brincadeiras e balões para os mais novos, pipocas e doces para os mais gulosos e até quem venda banquinhos para quem as pernas já não aguentam.
“É bonito ver tanta alegria neste desfile”, confessa Lurdes Silva, turistas nacional que não contava com a animação durante um passeio pela cidade de Viseu.
Mais habituada a este cortejo, Emília Soares confessa que estará sempre no Rossio enquanto a idade a deixar para ver passar as “morgadinhas”. “É de louvar todo o trabalho que esta gente tem para tornar realidade uma tradição tão bonita. Que nunca esmoreçam”, pede.