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Joaquim Alexandre Rodrigues
Hoje conto três histórias que acabo de ler nas mais de mil páginas de “Mário Soares — Uma Vida”, a biografia do fundador do PS escrita por Joaquim Vieira.
(i) Para concluir a sua licenciatura em Histórico-Filosóficas, Mário Soares redigiu uma tese intitulada «As Ideias Políticas de Teófilo Braga», texto que, na prestação de provas, foi destratado pelo professor arguente que era também um deputado salazarista.
O jovem Mário não esteve com coisas: “arrancou a tese das mãos” do prof e bradou: «Vou-me embora, isto é uma pouca-vergonha, não tenho nenhuma consideração por si.» Saiu e fez uma participação por escrito ao director da Faculdade de Letras. No ano seguinte, licenciou-se com outra tese dedicada a Oliveira Martins.
De qualquer forma, como o Estado Novo nunca deixou que ele desse aulas, que era para que servia um curso de Histórico-Filosóficas, Soares a seguir tirou Direito para poder ganhar a vida como advogado.
(ii) Mário Soares esteve deportado em S. Tomé e Príncipe entre Março e Novembro de 1968.
A certa altura, surgiu a hipótese de fugir numa piroga de noite e ir apanhar um barco sueco no alto-mar. Felizmente a ideia não foi para a frente. Seria uma operação muito arriscada, numa embarcação muito frágil em águas com tubarões.
João Soares contou ao biógrafo do pai que “pelo menos um homem — entre os escassos europeus que desafiavam a proibição de falar com Soares — se prontificou a colaborar: «Era um velho oposicionista de Viseu, da antiga tradição republicana.»
Homem bom, de Viseu. Quem seria?
(iii) De 17 a 19 de Abril de 1973, nas termas de Bad Münstereifel, perto de Bona, então capital da Alemanha Ocidental, reuniram-se vinte e sete filiados na Associação Socialista Portuguesa, doze vindos de Portugal e quinze do exílio ou da emigração. Mário Soares queria transformar a ASP num partido, apesar de haver um problema: no Portugal ditatorial, pertencer a uma associação era tolerado, pertencer a um partido podia dar dois a oito anos de prisão.
Mário Soares pôs a votos a sua proposta de criação do Partido Socialista. Votaram a favor todos os delegados, menos os idos de Lisboa. Entre os votos contra: Maria de Jesus Barroso, mulher do líder socialista. Que ficou fulo.
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Alfredo Simões